Satélites de comunicações podem ser afetados pelo fenómeno, mas não se esperam estragos
A Terra deverá ser atingida nas próximas horas por uma gigantesca erupção solar capaz de perturbar as comunicações de satélites e as transmissões de rádio. Esta erupção da classe X (a de maior intensidade) resulta de uma ejecção de massa coronal que o Sol produziu na sexta-feira e que chegará ao nosso planeta um pouco antes do que se esperava. Nestes fenómenos, as redes eléctricas e satélites correm sempre algum perigo, mas desta vez não há razão para alarme: os cientistas esperam que, a haver danos, estes sejam mínimos.
A ejeção de massa coronal (EMC) foi produzida por uma enorme mancha solar, baptizada AR 1520, e que tem dez vezes o diâmetro da Terra. É uma das maiores observadas nos últimos anos. Esta mancha estava virada para o nosso planeta quando emitiu a EMC.
O Sol tem ciclos solares com média de 11 anos e atualmente estamos numa fase de aumento da atividade, o que se traduz em maior número de manchas na superfície da estrela. É possível que haja outros ciclos mais longos, mas só existem registos das manchas solares desde meados do século XVIII. Por isso, é difícil fazer previsões sobre a atividade da nossa estrela.
Os cientistas temem sobretudo uma tempestade electromagnética semelhante à de 1859, conhecida por Evento Carrington. Essa erupção foi tão intensa, que os sistemas de telégrafo, na altura incipientes, foram seriamente afetados. Se houvesse redes eléctricas, elas teriam sido destruídas. As auroras boreais foram visíveis em latitudes muito a sul, nomeadamente em Roma.
Fonte: Diário de Noticias
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Lisa Teixeira
Julho / 2012
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