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sábado, 15 de outubro de 2011

Protestos de Wall Street tomam o mundo















No Brasil, movimento se esvaziou devido à forte chuva em São Paulo

"Indignados" protestam com violência nas ruas de Roma - Max Rossi/Reuters.

Os protestos globais foram uma resposta em parte aos pedidos dos manifestantes de Nova York para que mais pessoas se juntassem a eles

Manifestantes saíram às ruas no sábado ao redor do mundo, estimulados pelo movimento "Ocupe Wall Street", para acusar banqueiros e políticos de destruir economias. Em Roma, o "dia global da raiva" degringolou para a violência.

Os protestos começaram na Nova Zelândia, passaram pela Europa e voltaram a Nova York, seu ponto inicial. Os protestos atingiram a maior parte das capitais europeias e outras cidades do continente. No Brasil, houve manifestações conta a corrupção em São Paulo.

A maior parte dos protestos foi pequena e mal chegou a atrapalhar o trânsito, mas em Roma as manifestações atraíram dezenas de milhares de pessoas, que se enfileiravam pelas ruas estreitas do centro por quilômetros, e descambaram para a violência. Alguns manifestantes usando máscaras incendiaram carros, quebraram vidros de lojas e agências bancárias e vandalizaram os escritórios do ministério da Defesa. A polícia utilizou jatos de água para dispersar a multidão que atirava pedras, garrafas e rojões.

Os protestos globais foram uma resposta em parte aos pedidos dos manifestantes de Nova York para que mais pessoas se juntassem a eles. Seu exemplo também provocou ocupações semelhantes em algumas cidades norte-americanas.

Em Nova York, cerca de 2.000 pessoas marcharam da área financeira, ao sul da ilha de Manhattan, em direção à área turística de Times Square, onde estava previsto um protesto. A polícia prendeu 24 pessoas por conduta inapropriada.

Brasil - A chuva deste sábado desanimou a concentração do movimento "Democracia Real Já", reunindo apenas 70 pessoas no final da manhã, no Largo São Bento, na capital paulista. Apesar do baixo número de manifestantes, Pedro Fuentes, um dos integrantes do movimento, acredita que hoje "é apenas o ponta pé inicial". A ideia é que o grupo acampe no Vale do Anhangabaú e realize oficinas temáticas e atividades artísticas e culturais.

De acordo com Pedro Fuentes, a causa não é partidária, embora ele também seja secretário de Relações Internacionais do PSol. "O capitalismo está se esgotando e o mundo está mudando. Só não sabemos ainda para onde vamos", afirmou. "Hoje, no Brasil, o movimento ainda é pequeno, mas no mundo é muito forte e aqui ele também vai crescer." Em São Paulo, os protestos tem um amplo leque de reivindicações, desde a legalização da maconha e do aborto, passando pelo aumento dos investimentos em Educação, até o 'fora Ricardo Teixeira', presidente da CBF.

De acordo com Maíra Tavares Mendes, professora da rede de cursinhos populares Emancipa, cerca de 200 pessoas devem acampar nesta noite no Vale do Anhangabaú. "Ainda não dá para falar em primavera brasileira", disse ela, reconhecendo que a boa situação econômica do país não atrai tantos indignados, como vem ocorrendo em alguns países da Europa, como Grécia e Espanha, e nos Estados Unidos. "O que une nosso movimento, no Brasil ao restante do mundo, é a rejeição ao neoliberalismo. Além disso, o atual regime político não nos representa."

Ásia e Europa - Na região Ásia-Pacífico, a situação foi tranquila. Em Auckland, principal cidade da Nova Zelândia, cerca de 3.000 pessoas cantaram e tocaram tambores, denunciando a ganância corporativa. Em Sydney, 2.000 pessoas, incluindo aborígenes, comunistas e sindicalistas protestaram em frente ao central Reserve Bank australiano.

Em Tóquio, centenas de pessoas fizeram passeata, incluindo alguns manifestantes com o bordão anti-nuclear. Outras dezenas protestaram em frente à embaixada dos Estados Unidos em Manila segurando cartazes com os dizeres "Abaixo o imperalismo norte-americano" e "As Filipinas não estão à venda".

Mais de 100 pessoas se reuniram em frente à bolsa de valores de Taipei, para entoar dizeres como "somos Taiwan 100%", e afirmando que o crescimento econômico tinha beneficiado apenas as empresas, enquanto os salários da classe média mal cobriam os custos de moradia, educação e saúde.Em Paris, sede do encontro do G-20, uma trupe de músicos animava centenas de manifestantes no bairro operário de Belleville, numa passeata destinada a ir até o centro.

Os manifestantes em Roma, que se autoproclamavam "os indigados", incluíam desempregados, estudantes e aponsentados. Ainda na Europa, cerca de 40.000 pessoas se reuniram, entre Lisboa e Porto, para protestar em Portugal contra novas medidas de austeridade. Algumas conseguiram furar o cerco da polícia e entrar no parlamento.

Em Madri, cerca de 2.000 pessoas se agruparam em frente a praça Puerta del Sol para uma passeata. Milhares de manifestantes também tomaram as ruas em Barcelona e mais passeatas estavam previstas em cerca de 60 cidades espanholas. "Não é justo que eles tirem sua casa se você não consegue pagar o financiamento, mas dêem bilhões aos bancos por razões que não são claras", disse Fabia, uma funcionária de uma empresa de telecomunicações de 44 anos que recusou-se a dar seu nome completo.

Na Alemanaha, onde a simpatia pelos problemas de dívida dos países periféricos da Europa é pequena, milhares se reuniram em Berlim, Hamburgo e Leipzig e do lado de fora do banco central europeu (BCE) em Frankfurt.

Centenas de pessoas se reuniram também em Londres perto da St. Paul's Cathedral para o protesto "Ocupe a Bolsa de Londres". O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse à multidão: "Eu espero que este protesto resulte em um processo semelhante ao que vimos em Nova York, Cairo e Tunísia", disse, referindo-se às revoluções que ocorreram no mundo árabe.

Manifestações semelhantes ocorreram em Viena, Zurique e Helsinki, assim como na Grécia, onde os manifestantes fizeram uma passeata contra os planos de austeridade fiscal do governo.

As manifestações coincidiram com o encontro do G-20 em Paris, onde ministros das finanças e presidentes de bancos centrais das principais economias mantiveram conversas sobre a crise.

(Com Reuters)

Fonte: http://veja.abril.com.br
Por: Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Outubro / 2011

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