Sempre que buscamos mudanças através do autoconhecimento, inevitavelmente, somos levados a avanços e conquistas. Conseguimos nos libertar de algumas amarras e isso nos leva a atingir um patamar "acima" em nossa trajetória de vida. Neste ponto alcançado, conseguimos enxergar novas possibilidades, a vida se torna mais simples e as conquistas se tornam mais fáceis; isso é maravilhoso, mas ao mesmo tempo, é perturbador para o Ego, pois ele não está acostumado a essas facilidades e não está acostumado a estar nesse lugar onde a freqüência vibracional que atingimos nos mantém em um estado um pouco mais elevado, fazendo com que o que desejamos venha a nós de forma fácil e suave, sem grandes esforços e sofrimento. As coisas passam a ficar vazias e sem sentido para ele, pois se acostumou a ter com que se ocupar, acostumou-se ao desespero de querer e temer não obter, isso, apesar de ser muito ruim, trazia a ele movimento e sensação de poder e de vida. Com as coisas acontecendo a contento, ele não se sente adequado e adaptado a essa nova condição.
Diante dessa sensação de falta de poder, o Ego se desespera e lança mão de suas estratégias de sobrevivência e o recurso mais poderoso que encontra é nos "entregar como reféns" de qualquer algoz que estiver disposto a nos trancar em seu calabouço. O Ego acredita que está correndo sérios riscos, esta facilidade com que a vida acontece, quando estamos sob o comando de nosso Espírito, lhe causa "pânico". Para que consiga nos entregar como reféns com facilidade, ele começa a liberar conteúdos do inconsciente, fazendo vir à tona medos, dúvidas, dores, sentimentos negativos. Isso nos desequilibra e nossa freqüência vibracional "cai", e ficamos inseguros e frágeis o suficiente para desejarmos procurar "abrigo no primeiro local acolhedor" (o algoz nos fará sentir acolhidos para nos atrair...) que aparecer.
O Ego prefere nos ver prisioneiros de, a ter que se deixar conduzir pelo nosso Espírito. Para garantir que estaremos muito bem trancados, ele irá procurar em seu "catálogo de memórias" algum algoz com o qual tenhamos questões de vidas passadas, alguém que irá ter muito prazer, motivos e vontade em nos aprisionar e que fará de tudo para nos drenar as energias, usando-as em seu benefício. Esse algoz, para se propor a esse tipo de situação (inconsciente), é uma pessoa que não confia em si mesmo e acredita que precisa sugar ou "roubar" dos outros, para obter o que deseja, portanto, ele é astuto e perigoso, e não suporta a idéia de perder um prisioneiro e nos manterá muito bem vigiados, sem nos dar a mínima condição de sair. Este calabouço é como uma "central elétrica" particular do algoz, que é abastecida com a energia dos prisioneiros; assim, ele suga nossa energia e a usa como combustível para conquistar seus intentos, e "rouba" a energia-consciência de tudo o que já desenvolvemos em termos de potencialidades e capacidades para fazermos nossa vida
acontecer, usando-a para "fazer sua vida acontecer".Agora o Ego se sente seguro. Mas passado essmome ento, começamos a nos sentir presos, a sensação é realmente de que existe alguma coisa nos prendendo, nos sentimos confusos e totalmente impotentes e incapazes de nos libertarmos. Só temos a consciência de que tudo estava fluindo em nossa vida e, de um momento a outro, tudo está se perdendo e nos sentindo aprisionados. Entramos em desespero, nos debatemos, tentamos usar nossos "poderes" para nos libertarmos, mas tudo em vão, pois além de não termos consciência do que realmente está nos acontecendo, estamos numa "prisão de segurança máxima", da qual o Ego não quer sair. Ele prefere ficar preso nas mãos desse algoz a ter que se ver nas mãos de nosso Espírito, pois acredita que este nos levará à estrada da perdição e que nosso Espírito é "louco" em ter nos colocado neste caminho.
Diante de uma situação como esta, se constatarmos que isso está nos acontecendo, a única coisa que devemos fazer, é ACEITAR. Afinal, é isso o que está acontecendo conosco e não outra coisa. A partir disto, poderemos encontrar a saída. Quando nosso Espírito escolheu nossas questões para serem resolvidas nesta vida, escolheu inclusive essa nossa tendência a nos mantermos prisioneiros, questão que vêm de vidas passadas. Ele trouxe essa questão, para que possamos curá-la, para que possamos modificar as crenças e necessidades inconscientes que sempre nos levam a acreditar que sermos aprisionados é um "bom mecanismo de defesa"; esta é uma "estratégia de sobrevivência" de outras vidas, que precisa ser desativada e substituída por uma estratégia divina e pura. Portanto, nosso Espírito sabia que quando começasse a se manifestar e se tornar mais presente no comando de nossa vida, o Ego iria se defender e buscaria esse recurso para impedi-lo.
Desta forma, nosso Espírito permitiu que fôssemos aprisionados nessa prisão de segurança máxima, porque encontraríamos aí a condição ideal para equilibrarmos essa nossa questão de vida. Ele escolheu nos dar esta oportunidade nesta vida, num momento em que é possível a todos os humanos tomarem consciência de verdades passadas, para que pudéssemos resolver essa questão, nos levando a tomar consciência de sua existência, para iluminá-la. Portanto, estamos diante de uma extraordinária possibilidade de encontrarmos a cura para essa nossa tendência.
Se nosso Espírito escolheu resolver essa questão, significa que ele traz consigo a caixa de ferramentas contendo tudo o que precisamos para tal fim. Dentro dessa caixa, estão as fórmulas, as soluções, o planejamento e as estratégias, está tudo o que precisamos para sair dessa e de todas as prisões em que estivermos trancados. E mais, trouxe também as condições ideais para que, ao solucionarmos a questão, ela deixe de ter função em nossa vida e deixe de existir, assim como acontece com tudo o que perde a função para o Universo. Mas como encontrar e acessar essa caixa de ferramentas e como usá-las? A simples conscientização de que estamos presos num calabouço, nas mãos de um algoz, de que fomos nós que permitimos, e a descoberta e compreensão de toda a dinâmica oculta por trás desse contexto, somada à aceitação, promoverá um relaxamento interno e pararemos de lutar contra a prisão. Sem luta, o medo que tomou conta de nós se dissipa; sem ele, nossa mente se torna clara e tranqüila. Neste ponto, podemos entrar em meditação, com profunda humildade e devemos desejar acessar nosso Espírito e a caixa de ferramentas que ele trouxe. Deveremos ter o forte desejo e determinação de encerrarmos com essa questão em nossa vida e o forte desejo de simplesmente sairmos do calabouço.
Neste processo meditativo, não deveremos esperar por resposta racional, pois iremos sentir, ver, perceber ou intuir várias formas de respostas, com cores, luzes, símbolos, imagens, sensações de conforto, quietude. A serenidade tomará conta de nós e nesse lugar elevado, onde nossa mente inferior, o ego, não poderá alcançar, tudo será tranqüilidade e paz e tudo o que mais tememos perde o poder, tudo fica pequeno, sem importância. Não receberemos (talvez sim) informações especificas e racionais de como solucionar essa questão, mas isso não importará, pois nosso coração estará tão tranqüilo que sentiremos nossa força e sabedoria interiores virem à tona, e isso nos bastará. Aqui estarão todas as respostas que precisamos, pois as respostas eficazes e reais, aquelas que vêm de nosso Espírito, não precisam passar sempre pelo nosso entendimento racional.
Haverá confiança e certeza dentro de nós, que farão com que tenhamos a forte sensação de que SABEREMOS O QUE FAZER. A saída é essa, a aceitação e desejo de encerrar a questão. Torna-se desnecessário ficarmos aprisionados. A voz interna nos dirá: "Então é por isso que vivo sendo aprisionado? Que coisa sem sentido... Está certo, se acredito que deve ser assim, eu aceito, mas quero encerrar essa questão em minha vida e quero encontrar a solução para isso. Espírito, mostre-me como sair disso, envolva-me e conduza-me à saída, vou confiar essa tarefa a você, pois sei que trouxe consigo as ferramentas necessárias para isso, aceito que essa é uma questão antiga e que só poderá ser solucionada se eu tiver consciência disso, enquanto estou passando por isso, e com profunda aceitação.
Poderemos dizer mentalmente ao nosso algoz: "obrigado, agora sei que você está apenas fazendo aquilo que sabe fazer e que era disso que eu precisava, agradeço sua ‘hospitalidade e bondade em me aprisionar, mas agora isso já não é mais necessário em minha vida. Eu me despeço de você e sou totalmente livre para sair daqui apenas com minha intenção e vontade. Sou um ser livre! Gratidão e reverência a ti!"
Assim, estaremos livres, conscientes e com essa questão em nossa vida resolvida. Porém, isto será assim desde que nossos esforços sejam reais e nosso desejo para tal seja a partir de nosso coração, de nada adiantará fazermos algo apenas superficialmente. Se não fizermos isso com a força e a vontade do coração, conseguiremos alguma melhora, mas ainda teremos a tendência à prisão e teremos que passar pelo processo novamente, até que finalmente nos desapeguemos e desejemos encerrar a questão em nossa vida.
fonte-www.stum.com.
Por: Lisa Teixeira
Julho / 2011
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