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Meu propósito para com este blog, está em coletar e difundir importantes mensagens voltadas para o autoconhecimento, percepções metafísicas, espirituais e poéticas, respeitando e identificando sempre os autores e fontes das mesmas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A ESSÊNCIA DA ALMA























"Segundo a teoria monádica, existe uma energia que se designa Mónada que se divide em 12 extensões que se designam Alma. Por sua vez, cada alma divide-se em outras 12 Extensões da Alma que experienciam a densidade, seja na Terra seja em outro plano de existência.

Segundo a nossa experiência, achamos importante, fazer uma pequena alteração às designações apresentadas por esta teoria, não são relevantes em termos de nome, mas, achamos, em termos do seu significado semântico.

Assim, mantemos o nome Mónada, mas o termo Alma, decidimos alterar para Essência da Alma. Consequentemente, o termo Extensão da Alma, substituímos normalmente por Você (há quem prefira o termo Personalidade), no sentido de ser a Alma revestida com a respectiva personalidade terrena, isto porque achamos que a Essência da Alma, é também você, mas, sem o revestimento da sua personalidade terrena.

Por vezes, referimo-nos também a Todo o Seu Ser. Neste caso, pretendemos referir-nos à totalidade de si, sem divisões, de mónada, essência da alma e você, mas, um ser único, com consciência da sua universalidade.

É precisamente a experiência e consciencialização desta união, que os diversos ensinamentos preconizam, para que você, aumente os seus quocientes de luz e abra as portas para a sua ascensão."

Plotino – Sobre a Essência da Alma
"Se no estudo sobre a essência da alma nós temos comprovado, que ela não é nada corpóreo nem a harmonia nas coisas corpóreas, e deixamos para lá o ponto de vista da enteléquia, que assim como é apresentada nem é verdadeira, nem desvenda a essência da alma, se nós entretanto afirmamos sua natureza inteligível e lhe concedemos uma participação no divino: então nós temos talvez expressado algo claro e preciso sobre sua essência. Mesmo assim é melhor adentrar em um estudo adicional.
Anteriormente nós a temos dividido diferenciando entre uma natureza sensível e inteligível, sendo que colocamos a alma no reino dos inteligíveis. Mas agora mesmo que ela mantenha seu lugar no inteligível, nós queremos entretanto por um outro caminho procurar as peculiaridades de sua natureza.

Nós dizemos então, que as coisas são em parte originalmente divisíveis e através de sua própria natureza dispersas. Estas são as coisas, das quais nenhuma parte é exatamente igual nem à uma outra parte nem à totalidade, das quais a parte deve ser menor do que a totalidade vista em conjunto. Estas são entretanto as grandezas sensorialmente perceptíveis e as massas, das quais cada uma ocupa seu lugar especial no espaço e não pode estar ela mesma ao mesmo tempo em vários lugares.
Ela pelo contrário é um destes seres opostos, que em lugar nenhum permite uma divisão, não dividida e indivisível, que nem mesmo na imaginação permite um entre espaço, não necessita de espaço, não está disponível em nenhuma das coisas disponíveis nem parcialmente nem integralmente, que por assim dizer paira simultaneamente sobre todas as coisas, não para nelas tomar um lugar, mas sim porque a outra coisa não pode nem quer estar sem ela, um ser continuamente idêntico a si mesmo, comum a todas as coisas apões ela em sua hierarquia assim como no círculo o centro, do qual todas as linhas que se estendem para a periferia são dependentes sem lhe deslocarem de seu lugar, do qual elas tem a sua origem e a sua existência: Assim como elas participam neste ponto central e o indivisível é o seu princípio, assim também elas partem dele sendo que nele elas se prendem.
Já que esta é portanto originalmente indivisível no inteligível e a origem para o existente e como entretanto aquilo {que existe} no sensorialmente perceptível é absolutamente divisível, então existe antes do sensorialmente perceptível e próximo a ele e nele uma outra natureza, a qual não é na verdade originalmente divisível como os corpos, mas se torna de fato divisível nos corpos, assim que na divisão dos corpos também a forma neles é dividida, mas que permanece mesmo assim uma totalidade em cada parte, ainda que esta mesma coisa se torne muitas, das quais cada uma está totalmente distante da outra, exatamente porque se tornou totalmente divisível.
De tal modo são as cores e todas as qualidades e qualquer forma, as quais podem estar integralmente em muitas coisas separadas umas das outras, sendo que não possuem nenhuma parte, que da mesma maneira como as outras é afetada. Por isto se deve então aceitar também estas como totalmente divisíveis.
Mas além daquela natureza absolutamente indivisível existe uma outra originando-se diretamente dela, a qual possui na verdade a indivisibilidade daquela {primeira}, mas se impele em um avançado afastamento dela para a outra natureza ficando assim no meio de ambas, a saber da indivisível e primeira e da corpórea, com relação aos corpos divisíveis; não de fato da mesma maneira, como a cor e qualquer multiplicidade da qualidade são as mesmas em muitas massas corpóreas, mas sim que esteja aderente em cada uma entretanto das outras separada, assim como também aquela uma massa se encontra separada das outras.

E mesmo que a grandeza seja uma, ela não tem de fato no que é idêntico em cada um nenhuma associação com relação ao mesmo afeto, porque este idêntico é diferente daquele outro; pois o afeto é o idêntico, não igualmente a mesma essência. Mas aquela, que segundo a nossa afirmação se encontra nesta natureza e se aproxima do ser indivisível, é um ser e se distribui nos corpos, nos quais ela se torna também dividida, enquanto que ela antes de sua entrega para os mesmos não sofria isto.
Seja qual for o corpo que ela agora habite, possa ele ser o maior e se estendendo por sobre tudo, mesmo apesar de sua entrega a totalidade ela não deixa de ser uma: uma, não como o corpo é um, pois através da continuidade o corpo é um, mas cada parte é uma outra e em outro lugar.
A natureza simultaneamente divisível e indivisível; tal qual nós recentemente caracterizamos a alma, não é como aquela uma contínua com diferentes partes, mas sim é ela divisível, pois ela se reparte em cada parte daquilo onde ela está, indivisível, porque ela está inserida integralmente em toda e cada parte daquela mesma coisa. E quem observar isto, este vai compreender a grandeza da alma e seu poder, que coisa divina e espantosa há ao redor dela, de fato que ela pertence para uma natureza elevada acima de todas as coisas. Mesmo sem grandeza ela habita em todas as grandezas, e existindo desta maneira ela não existe entretanto desta maneira, não através de algo outro, mas sim através dela mesma. Por isto ela é divisível e também não, divisível, na verdade ela não está dividida nem se tornou uma dividida. Pois ela permanece em si integra, mas com relação aos corpos ela está dividida, já que os corpos por causa de sua própria divisibilidade não a recebem indivisível. Então a divisão é um afecção dos corpos, não da alma."


Fontes: http://www.portais.org/_light/files/alma.htm

( Tradução do texto alemão de Hermann Friedrich Müller, 1878).

Christopher Franke - Illumination

Fonte: Instituto Consciência Adamantina
Por: Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Setembro / 2011

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