Casais famosos e "anônimos" revelam o segredo de um relacionamento duradouro
Rotina, estresse e falta de dinheiro são alguns dos fatores que podem minar o amor. Mas existem casais que conseguem driblar estes e outros problemas e manter a chama acesa, mesmo depois de anos de convívio. O segredo? “Não existe receita. Mas tolerância, diálogo e respeito à individualidade são ingredientes fundamentais para manter um relacionamento”, diz Cecília Zylberstajn, psicóloga, psicoterapeuta e especialista em psicodrama.
Quando se fala em diálogo, não se trata apenas da famosa "DR" (discutir a relação). O casal deve conversar sobre tudo e, mais que isso, saber ouvir um ao outro. “Não há casamento duradouro sem uma comunicação eficaz. Não adianta engolir sapo e acreditar que o parceiro vai adivinhar o que você está pensando ou sentindo. É preciso expor e não encarar essa conversa como uma sentença de morte para a relação, mas sim uma oportunidade de entendimento”, explica Cecília.
Respeitar a individualidade é outra questão importante. “Cada um deve ter espaço para fazer o que gosta, sem cobranças”, ressalta a especialista. Ambos precisam ter a capacidade para se ajustar às mudanças de cada um – afinal, mudar faz parte do ciclo da vida. Aprender a lidar com a frustração também é necessário. Entram nesta lista as crises financeiras, doenças e outras situações imprevisíveis e desagradáveis. “Nem sempre dá tudo certo. É preciso saber encarar as coisas que não funcionam como o previsto”, destaca Cecília.
Juntos há 57 anos, os atores Nicette Bruno, 78, e Paulo Goulart, 78, conhecem na prática cada uma dessas dicas e exaltam a importância da diversidade de opiniões. “Um dos segredos de uma relação duradoura é respeitar a individualidade de cada um. Nós somos do mesmo signo: Capricórnio. Temos as mesmas essências, mas formas absolutamente diferenciadas. Podemos sugerir coisas um ao outro, mas a decisão final é sempre de cada um”, afirma Paulo. Nicette concorda com o marido: “Temos os mesmos objetivos de vida e valores, mas somos pessoas muito diferentes, o que é bom, porque nos completa”. A atriz defende que não há segredo para manter um relacionamento por tantos anos. “Tudo é fundamentado por um forte sentimento.”
A atriz Bruna Lombardi, 59, não acredita em rotina –mesmo após cerca de 30 anos (eles não contabilizam o tempo) casada com Carlos Alberto Riccelli, 65. “Rotina por quê? Não há um dia como o outro; existe renovação sempre.” Atualmente, o casal está em cartaz nos cinemas com “Onde está a felicidade?”, filme dirigido por ele e estrelado e escrito por ela. Para Bruna, o próprio trabalho em parceria enriquece o relacionamento e quebra a rotina. “Vamos crescendo juntos, descobrindo coisas e buscando novas influências. E tudo se apresenta em nosso caminho com naturalidade.” Ela ainda defende que quem acredita em rotina não abraça o viver. “A vida é um processo e a troca permanente com criatividade gera uma construção gradativa”, filosofa a bela atriz.
Tudo sempre igual
Bruna está certa em pensar assim. A rotina é considerada a grande vilã e saber driblá-la é uma alternativa eficaz para garantir um relacionamento duradouro. “A rotina não é apenas inimiga do casamento, ela também atrapalha a nossa vida”, diz Cecília. Para a especialista, o diálogo é o melhor remédio contra ela. “Não vale varrer os problemas para debaixo do tapete. O ideal é conversar e encontrar situações para vencer os hábitos. Permitir que o outro mude e que tenha vida própria são dicas para fugir deste problema.”
Para o psicólogo Luiz Delfino Mendes, de São Paulo, rotina é desculpa para um relacionamento já desgastado. “O prazer de estar junto é fonte de criatividade e isso gera experiências novas continuamente. Não há rotina em um relacionamento baseado no amor e na intimidade.”
Só o amor sustenta um relacionamento?
“Sim. O amor abrange tudo: cumplicidade, respeito, parceria”, defende Bruna Lombardi. E o psicólogo Luiz Delfino concorda: “A intimidade garante a durabilidade de um relacionamento. O prazer de estar junto, andar de mãos dadas, conversar, ter em quem confiar. Tudo isso representa a profundidade do amor”.
Bruna ainda cita um exemplo da cumplicidade vivida em sua casa. “Todo dia pela manhã o Ri [Riccelli] me traz uma xícara de chá no quarto.” Um gesto pequeno, mas que revela grande preocupação de seu parceiro. É, o amor está mesmo nos detalhes. “A disponibilidade com o outro não pode mudar com o passar dos anos. Manter o romantismo é essencial – mesmo que isso mude de casal para casal. O importante é reconquistar o outro diariamente” finaliza Cecília.
Viver a própria vida e permitir que o outro também a viva parece ser vital para qualquer tipo de relacionamento duradouro. No entanto, nem todos sabem viver a própria vida e caem numa dolorosa dependência e necessidade de controlar o outro que acaba com tudo o que é vivo na relação. Basta olhar um pouco para os psicopatas no poder para ver que a sua Nova Ordem Mundial criará uma sociedade robotizada, um ato que não só empobrecerá a Vida como também será uma auto-condenação à morte.
O livro "O CAMINHO DO AMOR" de Deepak Chopra traz uma receita interessante para curar essa dependência: discernir a fonte interna do amor que se sente originar do outro.
Fontes: http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/09/22/casais-famosos-e-anonimos-revelam-o-segredo-de-um-relacionamento-duradouro.htm
http://holosgaia.blogspot.com/2011/01/habituar-se-e-envelhecer.html
Por: Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Setembro / 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário