No começo de sua luta, a guerreira da luz afirmou: “eu tenho sonhos”.
Depois de alguns anos, percebe que é possível chegar onde quer, ela sabe que vai ser recompensada. Neste momento fica triste, conhece a infelicidade alheia, a solidão, as frustrações que acompanham grande parte da humanidade e acha que não merece o que está para receber.
O seu anjo sussurra: “ entrega tudo “. A guerreira ajoelha-se e oferece a Deus as suas conquistas. A entrega obriga a guerreira a parar de fazer perguntas tolas e a ajuda a vencer a culpa.
A guerreira muitas vezes desanima, acha que nada consegue despertar a emoção que desejava. Muitas tardes e noites é obrigada a ficar sustentando uma posição conquistada, sem que nenhum acontecimento novo lhe devolva o entusiasmo. Seus amigos comentam: “ talvez sua luta tenha terminado “.
A guerreira sente dor e confusão ao escutar esses comentários porque sabe que não chegou onde queria. Mas é teimosa e não abandona o que decidiu fazer. Então, quando menos espera, uma nova porta se abre.
A guerreira da luz mantêm o brilho nos olhos, está no mundo, faz parte da vida de outras pessoas e começou sua jornada sem alforje e sem sandálias.
Muitas vezes é covarde, nem sempre age certo, sofre por coisas inúteis, têm atitudes mesquinhas e as vezes se julga incapaz de crescer.
Frequentemente acredita ser indigna de qualquer bênção ou milagre.
Nem sempre têm certeza do que está fazendo aqui. Muitas vezes passa noites em claro, achando que sua vida não tem sentido.
Por isso é guerreira da luz. Porque erra, porque se pergunta, porque procura uma razão e com certeza irá encontrá-la.
A guerreira da luz contém em si a centelha de Deus. Seu destino é estar junto com outros guerreiros, mas as vezes precisa praticar sozinha a arte da espada: por isso, quando separada dos companheiros, comporta-se como uma estrela, ilumina a parte do Universo que lhe foi destinada e tenta mostrar galáxias e mundos a todos que olham para o céu.
A persistência da guerreira será em breve recompensada. Aos poucos, outros guerreiros se aproximam e os companheiros se reúnem em constelações, com seus símbolos e seus mistérios.
Quando vence uma batalha, a guerreira comemora.
Esta vitória custou momentos difíceis, noites de dúvidas, intermináveis dias de espera. Desde os tempos antigos, celebrar um triunfo faz parte do próprio ritual da vida: a comemoração é um rito de passagem.
Os companheiros olham a alegria da guerreira e pensam: “ por que faz isso? Pode decepcionar-se em seu próximo combate. Pode atrair a fúria do inimigo”.
Mas a guerreira sabe o motivo de seu gesto. Ela se beneficia do melhor presente que a vitória é capaz de trazer: confiança.
Celebra hoje sua vitória de ontem, para ter mais forças na batalha de amanhã.
A guerreira da luz precisa de amor. O afeto o carinho fazem parte de sua natureza, tanto quanto o comer, o beber e o gosto pelo bom combate. Quando a guerreira não está feliz diante do pôr-do-sol, alguma coisa está errada.
Neste momento, interrompe o combate e vai em busca de companhia, para assistirem juntos o entardecer. Se tem dificuldade de encontrá-la, pergunta a si mesma: “ tive medo de me aproximar de alguém? Recebi afeto e não percebi?
A guerreira da luz usa a solidão, mas não é usada por ela.
A guerreira está agora despertando de seu sono. Ela pensa: “ não sei lidar com esta luz, que me faz crescer”. A luz, entretanto, não desaparece. A guerreira pensa: “ serão necessárias mudanças que eu não tenho vontade de fazer”. A luz continua, porque a vontade é uma palavra cheia de truques.
Então os olhos e o coração da guerreira começam a acostumar com a luz, ela já não assusta e passa aceitar sua lenda, mesmo que isto signifique correr riscos.
A guerreira esteve dormindo por muito tempo. É natural que vá despertando aos poucos.
Ao despertar a guerreira contempla as duas colunas que estão ao lado da porta que pretende abrir.
Uma se chama medo a outra se chama desejo. A guerreira olha para a coluna do medo e ali está escrito: ‘ você vai entrar num mundo perigoso e desconhecido, onde tudo o que aprendeu até agora não servirá para nada”.
A guerreira olha para a coluna do desejo e ali está escrito: “ você vai sair de um mundo conhecido, onde estão guardadas as coisas que sempre quis e pelas quais lutou tanto”. A guerreira sorri, porque não existe nada que a assuste e nada que a prenda. Com a segurança de quem sabe o que quer, ela abre a porta.
REFLEXÕES DE VIDA E REESCRITA DE TRECHOS DO MANUAL DO GUERREIRO DA LUZ DO AUTOR PAULO COELHO.
Por: LISA TEIXEIRA
Julho/2009
Depois de alguns anos, percebe que é possível chegar onde quer, ela sabe que vai ser recompensada. Neste momento fica triste, conhece a infelicidade alheia, a solidão, as frustrações que acompanham grande parte da humanidade e acha que não merece o que está para receber.
O seu anjo sussurra: “ entrega tudo “. A guerreira ajoelha-se e oferece a Deus as suas conquistas. A entrega obriga a guerreira a parar de fazer perguntas tolas e a ajuda a vencer a culpa.
A guerreira muitas vezes desanima, acha que nada consegue despertar a emoção que desejava. Muitas tardes e noites é obrigada a ficar sustentando uma posição conquistada, sem que nenhum acontecimento novo lhe devolva o entusiasmo. Seus amigos comentam: “ talvez sua luta tenha terminado “.
A guerreira sente dor e confusão ao escutar esses comentários porque sabe que não chegou onde queria. Mas é teimosa e não abandona o que decidiu fazer. Então, quando menos espera, uma nova porta se abre.
A guerreira da luz mantêm o brilho nos olhos, está no mundo, faz parte da vida de outras pessoas e começou sua jornada sem alforje e sem sandálias.
Muitas vezes é covarde, nem sempre age certo, sofre por coisas inúteis, têm atitudes mesquinhas e as vezes se julga incapaz de crescer.
Frequentemente acredita ser indigna de qualquer bênção ou milagre.
Nem sempre têm certeza do que está fazendo aqui. Muitas vezes passa noites em claro, achando que sua vida não tem sentido.
Por isso é guerreira da luz. Porque erra, porque se pergunta, porque procura uma razão e com certeza irá encontrá-la.
A guerreira da luz contém em si a centelha de Deus. Seu destino é estar junto com outros guerreiros, mas as vezes precisa praticar sozinha a arte da espada: por isso, quando separada dos companheiros, comporta-se como uma estrela, ilumina a parte do Universo que lhe foi destinada e tenta mostrar galáxias e mundos a todos que olham para o céu.
A persistência da guerreira será em breve recompensada. Aos poucos, outros guerreiros se aproximam e os companheiros se reúnem em constelações, com seus símbolos e seus mistérios.
Quando vence uma batalha, a guerreira comemora.
Esta vitória custou momentos difíceis, noites de dúvidas, intermináveis dias de espera. Desde os tempos antigos, celebrar um triunfo faz parte do próprio ritual da vida: a comemoração é um rito de passagem.
Os companheiros olham a alegria da guerreira e pensam: “ por que faz isso? Pode decepcionar-se em seu próximo combate. Pode atrair a fúria do inimigo”.
Mas a guerreira sabe o motivo de seu gesto. Ela se beneficia do melhor presente que a vitória é capaz de trazer: confiança.
Celebra hoje sua vitória de ontem, para ter mais forças na batalha de amanhã.
A guerreira da luz precisa de amor. O afeto o carinho fazem parte de sua natureza, tanto quanto o comer, o beber e o gosto pelo bom combate. Quando a guerreira não está feliz diante do pôr-do-sol, alguma coisa está errada.
Neste momento, interrompe o combate e vai em busca de companhia, para assistirem juntos o entardecer. Se tem dificuldade de encontrá-la, pergunta a si mesma: “ tive medo de me aproximar de alguém? Recebi afeto e não percebi?
A guerreira da luz usa a solidão, mas não é usada por ela.
A guerreira está agora despertando de seu sono. Ela pensa: “ não sei lidar com esta luz, que me faz crescer”. A luz, entretanto, não desaparece. A guerreira pensa: “ serão necessárias mudanças que eu não tenho vontade de fazer”. A luz continua, porque a vontade é uma palavra cheia de truques.
Então os olhos e o coração da guerreira começam a acostumar com a luz, ela já não assusta e passa aceitar sua lenda, mesmo que isto signifique correr riscos.
A guerreira esteve dormindo por muito tempo. É natural que vá despertando aos poucos.
Ao despertar a guerreira contempla as duas colunas que estão ao lado da porta que pretende abrir.
Uma se chama medo a outra se chama desejo. A guerreira olha para a coluna do medo e ali está escrito: ‘ você vai entrar num mundo perigoso e desconhecido, onde tudo o que aprendeu até agora não servirá para nada”.
A guerreira olha para a coluna do desejo e ali está escrito: “ você vai sair de um mundo conhecido, onde estão guardadas as coisas que sempre quis e pelas quais lutou tanto”. A guerreira sorri, porque não existe nada que a assuste e nada que a prenda. Com a segurança de quem sabe o que quer, ela abre a porta.
REFLEXÕES DE VIDA E REESCRITA DE TRECHOS DO MANUAL DO GUERREIRO DA LUZ DO AUTOR PAULO COELHO.
Por: LISA TEIXEIRA
Julho/2009
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