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Meu propósito para com este blog, está em coletar e difundir importantes mensagens voltadas para o autoconhecimento, percepções metafísicas, espirituais e poéticas, respeitando e identificando sempre os autores e fontes das mesmas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A tagarelice mental, verbal e o silêncio


Vamos colocar assim pra vocês: a crença nesta necessidade de estar sempre se expressando, isso é uma enorme, uma imensa, uma imensa quantidade de energia sendo desperdiçada. Essa energia que estaria disponível à atenção, agora esta à disposição da auto expressão, dessa “ego Consciência”. Essa assim chamada “mente”, que nada mais é que a “mente” em busca de continuidade, na expressão, na auto expressão.

É por isso que o silêncio é parte de um trabalho interno. Porque quando você está atento a essa auto expressão da mente e ela está buscando essa auto expressão através da fala, você está atento... Atento a não falar... atento a não se expressar... Essa energia toda fica disponibilizada para a Consciência, disponibilizada para a meditação. Por isso que em um retiro, ou em alguns momentos, nós sentimos a importância de ficar quietos, em silêncio quando isso é compreendido!

A natureza da mente é se auto expressar. Essa "auto sustentabilidade" do "eu" está nessa auto expressão. E quando essa Atenção está presente, não há esse “espaço”. Reparem o quanto somos tagarelas: falamos o tempo todo. E por que nós falamos o tempo todo? Porque a mente tagarela o tempo todo! Ela tem sempre coisas pra dizer.

Então eu gostaria de falar um pouco disso com vocês aqui, um pouco sobre isso. A importância do silêncio. Na razão em que esse trabalho interno está acontecendo, toda essa aflição, essa compulsão, essa febre para essa tagarelice aguda, crônica, isso começa a desaparecer. Porque essa energia está agora disponibilizada a esse trabalho interno de auto-observação, de Atenção à esse movimento da Consciência, isso é meditação.

Isso é meditação, caminhando no meio da rua, trabalhando, dentro de uma condução, conversando com alguém, ou não conversando em meio a muita tagarelice à sua volta. Você é só essa presença que olha, só esses ouvidos que escutam, os olhos que veem. Está aí uma tremenda lição para cada um de nós, curioso isso.

Chamar isso de lição, nos éramos assim, quando éramos crianças, reparem que as crianças não se importam em falar muito. A criança geralmente está brincado, e geralmente ela brinca em silêncio, depois é que ela aprende conosco essa coisa de nos contar a história, a história do que fez, do que está fazendo do que deseja fazer, e ai ela começa a ficar tão tagarela como todos nós, quanto nós somos. É uma mente tagarela que faz uma boca tagarela, observem as pessoas em volta de vocês, falam o tempo todo, contam coisas desnecessárias, estão prejudicando a si mesmas o tempo todo e aos outros com as suas falas, imersas como estão neste estado mental, produzindo esse estado mental de poluição à sua volta. É algo que esta acontecendo aí o tempo todo... Viu?

Nossa mente é uma máquina de repetição, a gente fala uma coisa agora, essa mente desatenta, mecânica, inconsciente começa a repetir isso, faz disso uma verdade, uma crença que busca auto expressão durante dias e dias, em cima daquilo. E tudo isso é um grande desperdício de energia, algo muito estúpido, que produz todo tipo de respostas internas, reativas, de profunda miséria: ressentimentos, mágoas, remorsos, culpas, imaginações.

Reparem isso, o poder da imaginação, boa parte dessas imaginações, a maior parte delas são negativas. Negativas no sentido de que estão produzindo estados internos miseráveis, conflituosos, aflitivos. Mas se há essa atenção a esse movimento interno da consciência, se há esse silêncio da observação, dessa não necessidade de auto expressão dessa mente egocêntrica, algo novo está presente. Este algo novo é esse estado de auto-observação, que é auto investigação, que traz o silêncio natural da meditação.

E assim estamos diante desse trabalho, desse trabalho em si próprio, em si mesma, em si mesmo. Está claro isso gente? Hum? Você não precisa estar dentro de um mosteiro, tendo feito ali um voto de silêncio. É esse simples e atencioso cuidado, zeloso e indispensável de estar quieto, de estar quieto, geralmente eu observo que nessas falas a gente repete três vezes algumas frases... De estar quieto.



Fonte: http://confrariadosdespertos.blogspot.com/



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Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Março / 2012

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