Páginas
Seja Bem Vindo (a)
Meu propósito para com este blog, está em coletar e difundir importantes mensagens voltadas para o autoconhecimento, percepções metafísicas, espirituais e poéticas, respeitando e identificando sempre os autores e fontes das mesmas.
sábado, 4 de junho de 2011
A DIFERENÇA ENTRE APEGO E AMOR
Hoje quero falar sobre O Apego – Esse sentimento tão comum e que tantos problemas traz!
O apego induz à cegueira...seja o apego ao dinheiro, aos bens materiais, à casa, a família e até mesmo ao amor! Isso porque contraria as nossas necessidades e nos impede de buscarmos as transformações e as mudanças que fazem parte da nossa evolução.
Cada um de nós tem lá os seus apegos…e em nome desses apegos, agimos com egoísmo e mesquinharia! Quantos problemas, temos que enfrentar… quanto desgaste, quanto sofrimento, quando realmente temos que abandonar ou abrir mão desses apegos!
Muitas vezes esquecemos que para evoluir temos que deixar certas coisas para trás…temos que virar a página da nossa vida, se quisermos realmente viver novas e melhores experiências.
Por medo de renunciar aos nossos apegos, ficamos estagnados, desmotivados e descontentes. Não deixamos a nossa vida fluir, porque concentramos a nossas energia em torno de uma “falsa” segurança…por temermos o novo, o desconhecido. Como se não fossemos dotados de capacidade para lidar com novos desafios! Em fim, por insegurança, deixamos de viver a vida e de aproveitarmos o que de bom ela tem a nos oferecer!
Há momentos em que temos que fazer escolhas….e isso nada mais é do que renunciar! Embora não tendo consciência, fazemos isso constantemente e, quase não percebemos.
Inicialmente, todos nós dependemos do outro para garantir o nosso conforto e sobrevivência. Quando estamos na barriga da nossa mãe, nos tornamos totalmente dependentes dela e quando nascemos criamos a nossa primeira dependência com o mundo exterior, seja através dela ou de outro alguém, para nos amamentar, trocar, dar banho, nos aconchegar!
E desta forma, vamos registrando em nosso inconsciente, a dependência dos outros, para suprir os nossos desejos, necessidades, alegria e satisfação.
Não é de admirar que passemos então a esperar que o outro preencha todas as nossas carências e necessidades afetivas.
É claro que uma relação harmoniosa torna a nossa vida mais prazerosa, nos faz sentir melhor…Mas não podemos esquecer que agora, enquanto adultos, é justamente a nossa força interior que nos faz viver ou sobreviver! É ela que deve manter acessa a chama da esperança para seguirmos sempre em frente, em busca da nossa realização.
Há vários tipos de Apego:
1. Apego ao ego: está relacionado a idéias e pensamentos fixos. Pessoas apegadas ao ego são menos compreensíveis e mais preconceituosas. Na vida cotidiana, estamos sempre pensando em termos de "meu espaço", "meu tempo", "meu trabalho", "meus pertences", "meus amigos", minha família, meu status, meu sucesso, meu amor….Quando trabalhamos o apego, permitimos que os outros realmente possam se tornar mais próximos de nós.
2. Apego à opiniões estreitas: Acontece quando a pessoa é cabeça dura e insiste em idéias errôneas sobre si mesmo ou sobre os outros. Notamos isso, por exemplo, quando os pais exigem que seus filhos sejam como eles querem, projetando neles as próprias realizações.
3. Apego ao princípio do prazer: Quando a pessoa é dependente de drogas, bebidas, jogos, chocolate, gula e sexo em demasia, estão apegadas ao princípio do prazer. No entanto, notamos também, pessoas apegadas ao principio da dor.
4. Apego ao princípio da dor: EX: Mulheres que costumam apanhar do marido, mas que justificam, dizendo que eles são trabalhadores e que não deixam faltar nada em casa!
5. Apego à visão limitada: Ocorre quando a pessoa não consegue enxergar além de seu próprio nariz! Tem dificuldade em enxergar as necessidades, e os sentimentos alheios. Vivendo egoisticamente em seu mundo fechado!
Muitas pessoas confundem Elo com Apego. O elo entre as pessoas ocorre naturalmente, onde cada um aceita incondicionalmente a forma de ser do outro. Este elo persiste, apesar da distância e do tempo, ele transcende o nosso consciente. Ele simplesmente existe.
Mas, tem ainda um elo que é fundamental: O elo com a nossa própria alma, com nosso próprio ser! Quando nos amamos e nos respeitamos estamos em paz, em equilíbrio com a nossa alma, e isso, nos permite evoluir conscientemente.
Quando não estamos devidamente conectados a nossa própria alma, temos a impressão de um grande vazio interior. Temos a impressão de que estamos fragmentados, divididos entre a razão e a emoção!
O apego nada mais é, do que um sentimento de sofrimento, de controle e, aprisionamento. O apego nos dá, a falsa ilusão de satisfação e de amor.
Na realidade, o apego nada mais é, do que falta de segurança, de auto-estima e de imaturidade afetiva!
Apego é diferente de amor! Segundo a Psicanálise, o apego é "uma forma imatura de amor" e implica em uma simbiose, que impede a manifestação da identidade de cada um. Esse tipo de relacionamento simbiótico é controlador e egoísta. Ao passo que o amor verdadeiro e incondicional procura preservar a identidade e a liberdade do outro.
Quando há respeito, pela forma de ser do outro, o amor pode durar. Mas, quando o sentimento é apego – o amor deixa de existir, porque sufoca o seu desenvolvimento, e a própria troca afetiva.
Isso é comum no comportamento de muitos pais, que pecam, por confundirem amor com apego aos seus filhos. Isso acaba limitando o seu desenvolvimento psíquico, gerando recalques, revoltas e frustrações!
Muitas famílias não permitem que seus filhos façam as suas próprias escolhas e tomem as suas próprias decisões, interferindo assim, na sua personalidade e livre-arbítrio, os tornando infelizes! O vínculo amoroso familiar é fundamental, mas não deve haver apegos simbióticos e egoísticos!
A mãe, por exemplo, que ama seu filho de verdade, entende que ele é um ser único e separado dela, que tem vida própria e experiências a serem vividas. Em seu íntimo, ela sabe que não pode proteger seu filho a vida inteira e que ele precisa explorar o seu próprio caminho e cumprir a sua missão na vida!
O apego é uma forma de dependência baseada no ego; o amor é o não-apego e baseado no espírito.
O Amor e o Apego não são a mesma coisa! Quanto menos apegado…mais se pode amar!
O Apego geralmente ocorre, entre as pessoas mais jovens e imaturas, onde a instabilidade emocional está muito presente e esta dependência se manifesta. O apego passa a ser, então, fonte de grande sofrimento e ansiedade.
Quando centramos nossa atenção demasiadamente nas pessoas que queremos bem, corremos o sério risco de desfocarmos a atenção sobre nós mesmos. Nos colocando em segundo plano, nos anulando em função do outro. Isso fatalmente vai gerar cobrança, culpa e remorso…pelo tempo perdido!
O Apego é o reflexo de uma mente doentia, que impede a pessoa de viver adequadamente o presente e de idealizar o futuro, pois que, com medo de perder…acaba perdendo a si próprio, seus valores, sua identidade, suas motivações e, principalmente, a oportunidade de saber o quanto é capaz!
Mas, infelizmente, o apego não ocorre apenas a nível de pessoas ou objetos….também ocorre com os sentimentos, especialmente, os negativos, como: mágoas, rancores, ressentimentos e decepções com os outros. Algumas pessoas podem perder até anos de suas vidas, cultivando esse apego aprisionante, que em nada acrescenta.
Não só nos apegamos aos outros, como também, fazemos com que os outros se apeguem a nós. Tem pessoas que tem uma habilidade incrível, em tornar o outro dependente emocionalmente, financeiramente e até fisicamente, como um meio de controle, e manipulação. Simplesmente não permite que o outro cresça, para não se tornar independente, não se desapegar! E é desta forma, que os relacionamentos vão se deteriorando, criando cada vez mais, pessoas insatisfeitas, dependentes e inseguras!
Usamos várias desculpas, para justificar nossos apegos e nossa resistência às mudanças. Mas, quando relutamos às mudanças e ao fluxo natural da vida somatizamos os lixos emocionais, na forma das mais variadas doenças.
Já o desapego atrai a criatividade, novas experiências e novos caminhos.
Livre-se do que você não quer mais, para dar lugar ao que você quer! Livre-se do que não te convêm, para dar lugar ao que te convêm!
A vida é como uma gaveta! É preciso fazer uma faxina, uma arrumação de vez em quando…pois se ficar socando, guardando tudo que não serve mais…vai ficar lotada, impedindo que você guarde outras coisas mais importantes!
Tem pessoas que tem uma grande dificuldade em desfazer-se das coisas. Juntam um monte de coisas sem nenhuma utilidade…simplesmente porque as fazem lembrar de uma determinada época, pessoa ou situação.
Temos sempre que ter em mente, que o Amor implica em Desapego, Liberdade, Respeito e Colaboração!
É falando em respeito….é preciso dar espaço para que aquela pessoa, tão importante em sua vida…seja lá quem for…marido, esposa, filho, amigo…para que tenha a liberdade para respirar e fazer suas coisas, coisas que não necessariamente queira fazer com você. Cada um de nós tem uma quantidade determinada de energia para investir na própria vida. Apegar-se demais aos outros é desperdiçar a própria energia.
O apego é a maior escravidão. Aquele que se apega, renuncia ao direito de liberdade. O apego é uma das maiores ilusões da vida terrena! O sofrimento do apego tem início quando acreditamos ser donos, especialmente das pessoas. Quando acreditamos que os outros nos pertencem, ou fazemos crer que pertencemos aos outros….criamos um terrível jogo emocional, causador de muitos conflitos, que muitas vezes, se repetem por inúmeras situações e encarnações, criando assim os relacionamentos cármicos. E o pior de tudo, é que muitos chamam isso de amor!
O amor incondicional é desapego e desapego é amor incondicional... é querer a felicidade e o bem estar do outro e de si mesmo. E só podemos realmente amar o outro quando também nos amamos e nos respeitamos.
Infelizmente, tem pessoa que possui um apego tão profundo e doentio, que faz qualquer coisa para evitar o desapego do outro. Acaba optando por ser infeliz, simplesmente para não permitir que o outro seja feliz…mantendo assim, um relacionamento desgastante. Prefere renunciar a própria felicidade a ter que renunciar ao outro, que é o objeto de seu apego!
O apego alerta para um erro grave - o desrespeito para com o limite do outro. O apego desmedido sufoca, aprisiona, acorrenta. Ao contrário, o amor cuida, protege, não sufoca...
E ninguém gosta de sentir-se sufocado…Muitas pessoas, por receio de magoar, de ferir o outro, ou de provocar um rompimento, acabam anulando suas vidas, cedendo muito, numa renúncia descabida e doida. E a cobrança depois é inevitável.
Mas na realidade ninguém de fato respeita quem se anula. Não há valorização e reconhecimento quando existe anulação! Afinal, se a própria pessoa não se dá valor, como ela espera ser valorizada? Cada um é responsável por sua vida, pelas escolhas amorosas, por sua dor ou felicidade.
O excesso de ciúme também é apego, pois vem embutido num sentimento de posse e de manipulação. De tanto querer deter o outro, querer impor as suas condições e regras, acaba justamente dando ao outro asas para voar…Como um passarinho que fica preso numa gaiola, vendo a vida lá fora passar…Na primeira oportunidade que encontrar a portinhola aberta, ele pode escapar e voar para longe, e desfrutando a liberdade de tão agradável vôo, talvez não queira mais voltar!!!
Nada é definitivo, nem o sofrimento e nem a felicidade. O que pode ser definitivo é a paz dentro do coração, a consciência tranqüila.
Claro que amar e ser amado é - sem dúvida - uma das melhores coisas da vida. Compartilhar a existência com outra pessoa, na qual encontramos cumplicidade, amizade, apoio, compreensão e carinho, torna a vida muito mais agradável.
Entretanto, cada um precisa estar inteiro consigo mesmo, ter uma boa dose de autoconfiança e auto-estima para não correr o risco de se deixar contaminar pelos apegos.
Quando as coisas se tornam realmente difíceis, é preciso buscar uma saída para vencer as dificuldades e construir um relacionamento profundo e verdadeiro. É preciso estar consciente de seus atos e aceitar a sua parcela de responsabilidade em manter todo e qualquer vínculo de relacionamento. Só assim, a pessoa é capaz de desapegar-se de seus apegos e ser realmente livre para viver a plenitude do amor!
Espero que todos saibam transformar os apegos em elos. E os elos em verdadeiro amor….Que aprendam a deixar a vida fluir e a alma evoluir!
Que saibam reconhecer que, quando os olhos perdem o brilho é porque a alma está insatisfeita! É preciso ouvir os sinais da alma e ter a coragem de abrir-se para o novo! Inovar, renovar, mudar as atitudes e não temer desapegar-se do que é aprisionante, em fim, do que não tem mais valor ou sentido na vida…Só assim, você verdadeiramente será feliz!!
Se você precisa de alguém para ser feliz, isso não é amor: É CARÊNCIA.
Se você tem ciúme, insegurança e faz qualquer coisa para conservar alguém ao seu lado, mesmo sabendo que não é amado, isso não é amor: É FALTA DE AMOR PRÓPRIO.
Se você acredita que sua vida fica vazia sem essa pessoa; não consegue se imaginar sozinho - isso não é amor: É DEPENDÊNCIA.
Se você acha que o ser amado lhe pertence; sente-se dono(a) e senhor(a) de sua vida e de seu corpo; não lhe dá o direito de se expressar, de ter escolhas, só para afirmar seu domínio, isso não é amor: É EGOÍSMO.
Se você não sente mais desejo pela pessoa, porém sente algum prazer em estar ao lado dela, isso não é amor: É AMIZADE.
Se seu coração palpita mais forte; o suor torna-se intenso; apenas em pensar na outra pessoa, isso não é amor: É PAIXÃO.
Só quando sabemos realmente o que é o amor, excluímos da nossa mente o apego e do nosso coração o rancor – permitindo, assim, que o tempo transforme o que é AMOR em ETERNIDADE!
Fonte: Espaço Esotéryc
Autoria: Maria Barthaly e Miguel Hadad
Por: Lisa Teixeira
Junho / 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Qual o caminho para nos livrarmos do apego e sermos completos sozinho?
ResponderExcluirAcho que o "querer ser completo sozinho" é uma busca pelo amor próprio. Geralmente quem deseja se conformar com a solidão, está, acima de tudo, procurando se amar, pois não acredita mais no "amor" dos outros...
Excluirgabrielmyslinsky.blogspot.com
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirAcho que não é bem não acreditar no amor dos outros e sim amar a si próprio pôs a felicidade esta dentro de cada um.
ExcluirTaí, uma pergunta difícil de ser respondida, mas vou tentar falar um pouco a respeito. E falando de respeito, acho que é bem isso! Sem respeito, por nós mesmos, pelo outro, pela relação em si, não vamos a lugar nenhum! O + importante pra mim, é o reconhecimento do próprio valor, é ter respeito por si, identificar as próprias limitações e ter a consciência de que nada e ninguém nos pertence, a não ser nós mesmos...
ResponderExcluirPor toda a eternidade!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAcho que não é bem não acreditar no amor dos outros e sim amar a si próprio pôs a felicidade esta dentro de cada um.
ResponderExcluir