A noite chegou sem que eu me desse conta.
Sinto-me estranha, ilhada em mim a procura de respostas.
Pensamentos perambulam por entre minhas farpas emocionais e meus olhos escaneiam a paisagem noturna de minha mente.
A lua insinua-se e oferece novas questões para continuar a incessante e solitária jornada rumo ao centro utópico de mim mesma.
Um mergulho no passado...um vislumbre no futuro, uma insólita viagem trans pessoal passa por dimensões onde o etéreo faz de meus sentidos uma imagem holográfica de quem SOU.
Ouso ir além e percorrer meus labirintos.
Louca estou então, a abrir como um passe de mágica as portas e janelas de minh’alma.
Libertando em letras os meus velhos fantasmas.
Atrevo-me por buscar pistas em meus arquivos conflituosos e permito-me sentir o cheiro mofado dos meus medos.
Invisível me faço por um escudo de defesa, inércia da vontade ao temer ter que tomar uma atitude diante da vida.
No peito o idealizador dos meus sonhos a recolher do desejo, engolindo minhas lágrimas em frustração.
Era eu parada numa matriz de ilusão no universo do desencontro ao encontro dos mistérios íntimos e desejosos de autoconhecimento.
Há que se ter sensibilidade para poder decifrar os meus profundos anseios.
Há que se ter coragem para escrever e contextualizar nas entrelinhas d’alma os fragmentos expostos de meus meios e dos meus rodeios.
Por: Lisa Teizeira
Agosto / 2009
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