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Meu propósito para com este blog, está em coletar e difundir importantes mensagens voltadas para o autoconhecimento, percepções metafísicas, espirituais e poéticas, respeitando e identificando sempre os autores e fontes das mesmas.

sábado, 3 de setembro de 2011

A linha da vida



Quem já não viveu uma experiência na vida da qual se percebeu totalmente paralisado diante de uma situação. Queria sair do jogo, do qual foi arremessado, mas uma paralisação insistente o segurou, o forçou a permanecer ali, naquele lugar, tendo aquelas atitudes, esmagado, tolhido.

No entanto, este é um estágio na vida de bastante grandeza e amadurecimento. É quando somos jogados para fora dos nossos padrões confortáveis e nos vemos soltos no ar, feitos pipa de papel, perdidos e sem rumo, rodando no tempo e no espaço ao mero prazer de uma força inimaginável à nossa compreensão.

Nas mãos de quem está o controle dessa pipa? Nas mãos de quem está o controle da nossa vida?

Quando estamos no ar, jogados e sem rumo é difícil compreender que o controle está em nossas mãos, porque estamos no ar e somos parte da criação - de um todo.

Neste instante perdemos a noção da realidade. Vivemos como crianças sem teto, sem espaço, sem dimensão e sem direção. Paramos várias vezes na beira do abismo, subimos e descemos, rodopiamos feito mariposas.

Uma pergunta nos escapule: quem poderia nos ajudar a tomar das mãos quem quer que esteja puxando esta pipa, e nos devolvê-la?

Como não conseguimos essas respostas e já exaustos de tanto gasto de energia, nos desprendemos de certos laços que nos mantinham paralisados em alguns pontos, e nos permitimos voar o vôo da águia: firme, seguro, sereno.

Ganhamos altitude, olhamos para baixo, percebemos o abismo pelo qual passamos, mas nos sentimos seguros, mesmo que soltos no ar e muito mais solitários.

Entendemos que não podemos controlar o incontrolável. Percebemos que o pouco que temos está em nossas mãos e podemos construir um novo mundo com esta descoberta.

Com o tempo este estágio de viver sem rumo, sem lugar, sem parada, sem espaço, se acostuma com o incontrolável e passamos a dar menos valor à realidade que nos é imposta. Mas é claro: perdemos parte dela enquanto estávamos fora de prumo, sendo puxados para alguma direção, sem controle algum, sem saber onde pousar.

Mas a pergunta ainda paira no ar: quem é este condutor, essa força maior que nos move quando bem entende, que nos lança para fora de uma realidade aparentemente tão real e absoluta, que nos tira do chão para nos deixar sem direção.

É possível saber? Talvez não.

Quem sabe quando conseguirmos romper essa linha imaginária saberemos então.

Mas, ainda assim, não podemos esquecer que este processo é somente o início da nossa caminhada, pois vez ou outra, seremos novamente levados pelas correntezas do percurso para novas direções, quando a última estiver vivenciada em sua plenitude.

Assim é a vida. A linha condutora desta pipa é o nosso caminho e a aparente perda desta linha nos remete de volta ao ponto inicial de onde partimos e para onde voltaremos, mas nem mesmo isso nós sabemos, já que não estamos dirigindo sozinhos nesta direção. Somos meros figurantes desta grande peça teatral que se chama vida


Fonte- www.stum.com.
Por: Lisa Teixeira
www.muraldecristal.blogspot.com
Setembro / 2011

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