Páginas

Seja Bem Vindo (a)

Meu propósito para com este blog, está em coletar e difundir importantes mensagens voltadas para o autoconhecimento, percepções metafísicas, espirituais e poéticas, respeitando e identificando sempre os autores e fontes das mesmas.

domingo, 11 de setembro de 2011

Desapegar-se ... é um ato de amor por si

Assim como um construtor que pretende edificar um prédio em um terreno onde tenha uma casa antiga ou deteriorada, onde tenha um matagal ou muita lama, onde tenha lixos jogados ou entulhos com fragmentos de tijolos, restos de madeira, resíduos de obras de alvenaria, entre outras coisas, precisa limpar e preparar o ambiente para sua obra ser realizada com sucesso, o ser humano, também, precisar abrir espaço em sua jornada terrena, para que algo novo e bom aconteça em importantes momentos de sua existência...

Há momentos na vida em que é preciso desapegar-se de tudo e de todos para se encontrar um novo caminho, uma nova forma de ver e de viver a vida. É preciso gerar uma abertura de grandes áreas no território do viver, de modo que a introdução de novidades venha e renove as energias criativas, para que assim, uma nova construção se erga.
No entanto, para que isso aconteça, necessário é, antes de qualquer coisa, desapegar-se do que não é mais imprescindível, desapegar-se daquilo que foi bom mas que já não é mais tão bom assim; desapegar-se de quem quer partir e precisamos deixar ir, desapegar-se de uma dor, de um sofrimento, de uma tristeza que corrói a alma, desapegar-se dos muros do passado, desapegar-se do apego que o outro possui em relação a você...

Desapegar-se, na verdade, para Libertar-se com Consciência e ser Feliz Plenamente... Muitas são as situações que pedem o desapego e muitos são os aprendizados que nos levam a compreender a real necessidade e importância da prática constante do desapegar-se. Inúmeras vezes as pessoas insistem em querer permanecer vivendo determinadas situações mesmo quando não consideram ser o melhor para elas. Ou permanecem nelas porque acham que ainda podem conseguir algum resultado satisfatório mesmo quando a situação já chegou ao insuportável. Ou ainda, se prendem pelo receio da carência, pelo temor de se sentir só, pelo sentimento de incapacidade, pela dependência na relação com o outro, pelo comodismo apesar do incômodo ou por conformismo ao se achar pequeno demais para a vida.

E quando vivem nesses padrões por tanto tempo e resistem à mudança, acabam por não perceber o que o Universo está dizendo e orientando para tal ou qual situação. Desapegar-se é fazer o corte físico, energético, emocional e mental, libertando-se dos vínculos nocivos ao bom e ao bem viver para entrar em Harmonia e Equilíbrio Pessoal, Bioenergético e Espiritual.
É, ao mesmo tempo, conceder largueza de espaço para que inovadoras, restauradas e positivas energias e oportunidades possam ser vividas com Felicidade. Oferecendo, inclusive, a oportunidade de permanecer com as boas vibrações de energias e lembranças vivenciadas anteriormente, porém, sem a dependência delas para ser Feliz, pois senão, torna-se apego. Ao olharmos para trás, para um passado distante ou recente, quantas são as doces recordações que carregamos?

Com certeza, muitas, para boa parte das pessoas. Portanto, quanto mais vivemos qualificadamente e construímos com nossos dotes espirituais, mais teremos a lembrar em coisas boas sem depender do que passou para isso. Por isso, essas memórias devem servir como um alicerce consolidado para impulsionar as novas e promissoras realizações. E não, como um ponto fraco, que ao ser rememorado, pode trazer o desequilíbrio e a desarmonia à estrutura dos quatro pilares que sustentam a existência humana... O seu corpo, a sua mente, a sua energia ou comunicação e a sua emoção. Por essa razão, é que dia a dia o exercício do desapego ensina a todo tempo que somos possuidores de grandes riquezas interiores, capazes de aclarar novos Caminhos, realizando pródigas descobertas, para compartilharmos com a vida e com nossos semelhantes.
Essa é a Posse real que temos. Por outro lado, de fato, tudo o que é material bem como as pessoas que temos presentes em nossa vida, não nos pertencem. Estão, apenas existindo em um dado momento de nosso viver. E o poder sobre elas é somente ilusão temporária, até que o Tempo Divino oriente a renovação para um novo Ciclo.

Sendo assim, o sentimento de posse e o controle, no que diz respeito às pessoas e sobre as coisas materiais, sempre trazem algum tipo de dor ou sofrer para um lado ou para o outro quando são usados como armas ou instrumentos do apego, para anular a liberdade de ser de outrem ou tentar limitar as ações naturais daquilo que tem que ir ou daquele que deseja viver... Assim, faz parte da vida aprender essa lição buscando a harmonia nas relações com o ambiente e com as pessoas que nos cercam, de maneira solta e amorosa, para que tudo cresça e floresça com cada um dando o seu melhor e vivendo sua existência bem e intensamente.Ame-se... E Desapegue-se!!!



É importante compreender que na trilha do desapego alguns ciclos são menores ou maiores que outros. E nem sempre é possível prolongar ou encurtar o tempo para se viver uma situação, ou para permanecer com determinado objeto, ou estabilizar-se num certo local, ou mesmo, conservar-se ao lado de uma pessoa eternidade afora, salvo, se o Destino propuser assim. Fora isso é, por força do Livre-Arbítrio, gerar contra si mesmo o sofrer e a dor não natural, desnecessariamente.

Existem muitas coisas que se desconhece a respeito da própria existência. Por outro lado, existe uma infinidade de coisas que conhecemos, sabemos e que necessitamos colocar em prática para entender o Sentido Maior da Vida, mas sofrer por não querer soltar e desprender-se, não é uma delas.

É como um espinho que penetra a sua mão e você não quer tirá-lo por medo de doer. E depois de um tempo já acostumado à dor, acomoda-se e conforma-se com ele em seu corpo pela paúra do desgosto que pode sentir ao eliminá-lo. Não valorizando, que mesmo que já tenha assimilado a dor, o espinho está agindo, infeccionando e contaminando o local. Contudo, quando esse mal já viciado pela dor se expandir, terá que retirá-lo de uma forma ou de outra, provavelmente sentindo algo muito mais desagradável, se não pretender que algo bem mais prejudicial aconteça. Todavia, a retirada do espinho é um doer que logo passa.

Quantas disputas insensatas, quanta dor, quanto ciúme, quanta briga deixaria de existir se a prática do desapego fosse uma constante para todos. Nestes momentos é preciso buscar harmonia interior, para com sabedoria analisar os fatos e decidir a melhor forma de se acertar o movimento do andar e continuar a jornada, permitindo que se vá o que tem que ir e que venha o que tiver que vir.

E para que isso ocorra é preciso o olhar para frente e seguir adiante passo a passo, e, na primeira oportunidade, desafiar-se a praticar o desprendimento. Desde as pequenas coisas e mais simplórias até as maiores e de maior complexidade.

Num dado instante, desapegue-se de todos os sentimentos negativos e nocivos. Ao invés de irritar-se, aborrecer-se, sentir-se traído, diminuído ou obrigado a fazer o que não quer, opte por manter-se em paz consigo mesmo, buscar a melhor forma de resolver certa questão, decidir pelo melhor caminho e ter uma Ação Divinamente Correta. Em seguida, substitua as imagens perturbadoras por imagens coloridas e iluminadas. Depois, evite uma comunicação que gere uma freqüência energética perniciosa, como o xingo e o grito, a lamentação e a reclamação, porém, cante, mantre, ore e pronuncie apenas coisas boas. Por fim, relaxe o corpo tenso e rijo dançando ou caminhando brandamente e respirando suave e profundamente. E solte. Deixe ir o que tem que ir e escolha receber somente o melhor para si.

Isso parece simples, e com certeza o é. E você pode torná-lo cada vez mais simples, perseverando na prática, sempre que sentir-se amarrado a algo que precisa liberar ou querer controlar o caminho daquilo que não te pertence mais ou escravizar aquele que merece viver livre do jeito que bem desejar. Ou seja, depende de um exercício contínuo, de um ato de nobre humildade, de uma prática amorosa constante para consigo mesmo, para com o outro e para com a existência, viver e deixar viver desapegadamente.

É importante compreender que tudo o que é Construtivo tem um Sentido diante do Olhar de Deus, ainda que muitas coisas não se apresentem com clareza diante dos olhos humanos. Por isso mesmo é que a dor momentânea do exercício e do ato do desapego, decerto nos levará depois de um tempo a um Prazer colossal e muito maior que se imaginava.

Desapegar-se é um ato de Amor por si mesmo, que conduz a um estado de paz interior, que por sua vez, leva ao fortalecimento para se alcançar uma estrutura interior inabalável. A partir daí, é possível, ao praticar o desapego, expandir este ato amoroso às outras pessoas e ao mundo.

Viver cada instante gostosa e intensamente é fundamental para a vida, e ainda, que sejam maravilhosas essas experiências, soltá-las, é ter a chance de nalgum outro momento vivê-lo novamente, ou no mínimo, é a garantia de abrir portas para que o novo que chegar, seja ainda melhor, e possa-se, desse modo, deliciá-lo, também, em seu melhor...

"Desapegar-se... É Amar a Si Mesmo!!!"



Fonte-www.stum.com.

Por: Lisa Teixeira
www.muraldecristal.blogspot.com
Setembro / 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário