Páginas

Seja Bem Vindo (a)

Meu propósito para com este blog, está em coletar e difundir importantes mensagens voltadas para o autoconhecimento, percepções metafísicas, espirituais e poéticas, respeitando e identificando sempre os autores e fontes das mesmas.

domingo, 20 de novembro de 2011

Os 10 códigos e linguagens mais misteriosos

Existem muitos exemplos misteriosos e não resolvidos de sistemas de escrita, códigos, cifras, linguagens e mapas, que ainda precisam ser decifrados e quebrados. Essa lista vai focar em dez que não parecem ser forjados e são menos conhecidos do que alguns exemplos mais famosos, como o Mapa Vineland e o Manuscrito Voynitch.

Mapas, linguagens, códigos e cifras são quebrados e decodificados sempre, às vezes após anos de dura pesquisa e cálculos. Uma pesquisa recente é com o uso de computadores para decifrar linguagens antes desconhecidas e ininteligíveis. Um sucesso recente foi a decodificação da Cifra Copiale, um manuscrito de 105 páginas escritas à mão, que parece ser do fim do século 18. De acordo com um recente artigo do New York Times, a decodificação das primeiras 16 páginas mostra que a Cifra Copiale parece ser uma “detalhada descrição ritualística de uma sociedade secreta, que aparentemente tinha uma fascinação por cirurgias oculares e oftalmologia”. O texto, agora decifrado, fala sobre fazer símbolos místicos, retirar pelos da sobrancelha de candidatos, e fazê-los jurar lealdade e segredo. Veja aqui mais dez misteriosos códigos, mapas e linguagens:

10 – Cifras da Biblioteca Inglesa

Na Biblioteca Inglesa, há pelos menos três livros/manuscritos que foram escritos inteiramente em códigos. O primeiro tem o título de “A Astúcia das Bruxas”, com autoria de Bem Ezra Aseph, de 1657. O segundo tem o mais interessante (e longo) título: “A Ordem do Altar, Mistérios Antigos onde apenas Mulheres Bruxas eram Admitidas: Sendo a Primeira Parte dos Segredos Preservados na Associação das Moças Unidas e Agregados”, de 1835. O terceiro tem o título com o som mais misterioso: “Mistérios de Vesta”, possivelmente de 1850. Vocês, decifradores com acesso à Biblioteca Inglesa: mãos à obra!

9 – Linguagem desconhecida do Peru

A recente descoberta de uma carta com 400 anos, escrita por um desconhecido autor espanhol, revelou uma linguagem peruana nunca vista antes. A carta foi encontrada nas ruínas de uma antiga igreja colonial espanhola em El Brujo, no norte do Peru, em 2008. Mas somente agora linguistas entenderam que a escrita na carta guarda as chaves para uma língua completamente nova. No outro lado da carta, estão notas que parecem traduzir a linguagem estranha para o espanhol e numeral árabe.

Mesmo que a nova língua tenha relações com o idioma Quechua, ainda falado pelos indígenas do Peru, é evidente que ela é completamente nova e desconhecida. É possível que seja uma das duas mencionadas em textos contemporâneos – “Quingnam” ou “Pescadora”, que quer dizer “linguagem dos pescadores”. O idioma é provavelmente baseado na cultura unca, já que os numerais indicam que eles usavam um sistema base de dez números (os maias usavam um com vinte). É também possível que as duas sejam apenas uma língua, e as dicas na carta talvez ajudem os linguistas e estudiosos a traduzir a desconhecida linguagem.

8 – O Código Cartográfico de Ptolomeu

Esse não é exatamente um código ou cifra, mas um segredo similar que precisa ser decodificado para responder a um mistério histórico: o da localização das cidades germânicas (em comparação com as cidades e geografia germânicas modernas), que devem ter sido encontradas pelos romanos. Os romanos encontraram vários alemães, e relataram isso com frequência, mas onde eram as cidades onde ekes encontram os germânicos, enquanto estavam na Alemanha? Isso permaneceu um mistério já que ninguém conseguia relacionar as 96 cidades listadas em um mapa histórico da Alemanha com um moderno.

O famoso grego do século 2, Claudius Ptolomeu, incluiu um mapa da “Germânia Magna” em sua Geografia. No ano 150 antes de Cristo, Ptolomeu decidiu inventar o primeiro Google Earth, e criou 26 mapas coloridos em peles de animais, dizendo ser o mapa de todo o então conhecido mundo. Como nunca havia visitado a Alemanha, ele deve ter usado outros documentos para desenhar seu mapa. Então lá está o mapa, mas ninguém conseguia relacionar os encontros com os romanos e as 96 cidades que Ptolomeu marcou em seu trabalho com as cidades germânicas de hoje. Foi assim, até agora.

Após trabalhar por seis anos, uma equipe de Berlim formada por pesquisadores e cartógrafos acadêmicos agora dizem ter finalmente descoberto como transformar as coordenadas das cidades germânicas de Ptolomeu para as coordenadas atuais. O que tornou isso possível foi a dramática descoberta de uma cópia antiga da Geografia de Ptolomeu, na biblioteca do Palácio Toptaki, em Istambul, Turquia. A descoberta apresenta um grande número de cidades, como, por exemplo, a do leste germânico hoje chamada Jena, que Ptolomeu chamou de “Bicurgium”. A cidade moderna de Essen era chamada de “Navalia” e a de Fürstenwalde, também no leste, parece ter existido há mais de 2000 anos, e era conhecida como “Susudata”, palavra derivada do termo alemão para “sustain”, ou “sow’s wallow”. Esse é o único exemplo nessa lista que parece ter sido completamente resolvido.

7 – Os códigos de Feynman

Nos primórdios da internet, lá em 1987, alguém que alegava ser um estudante graduado do brilhante físico Dr. Richard Feynman postou uma mensagem em uma lista virtual de decodificadores, dizendo que o professor Feynman recebeu de um amigo – um cientista de Los Alamos – três exemplos de um código desafio para que ele resolvesse. A pessoa responsável pela postagem afirmou que Feynman mostrou os códigos para ele, e também disse que o professor não conseguiu resolvê-los. Assim, o estudante os colocou na internet, na esperança que outros os resolvessem. Logo após a postagem, um dos três foi decodificado por John Morrison. O desafio acabou por ser uma versão codificada da abertura dos contos de Chaucer Canterburry, em inglês medieval. Os outros dois ainda permanecem sem solução. Você pode ver os códigosaqui.

6 – A Transcrição de Anthon

O que são os misteriosos “Caractors” na Transcrição de Anthon? A resposta para essa pergunta talvez esclareça se um ponto central da religião Mórmon foi comprovado ou não. A Transcrição é de fato um pequeno pedaço de papel escrito à mão e creditado a Joseph Smith Jr., o fundador da religião Mórmon. É dito que no papel há várias linhas dos caracteres que Smith viu nas Placas Douradas (o registro antigo de onde Smith diz ter traduzido o Livro de Mórmon) – especificamente a escrita reformada egípcia, que estava nas placas descobertas por Smith, e reveladas para ele em 1823.

O papel recebeu seu nome pelo fato de, em 1828, ter sido entregue para Charles Anthon, conhecido na época por ser um expert em escrita clássica na Universidade de Columbia, para que autenticasse e traduzisse os caracteres. Alguns dos seguidores da religão Mórmon afirmam que Anthon certificou independentemente a autenticidade dos caracteres em uma carta para Martin Harris. Harris foi uma das Três Testemunhas que garantiram ter visto as placas douradas, de onde Joseph Smith diz ter traduzido o Livro de Mórmon. De acordo com Harris, Anthon disse que a escrita era egípcia, chaldaiac, assíria e arábe, e que eram “símbolos verdadeiros”. Apenas depois de Anthon descobrir que o papel era de Smith e da religião Mórmon, é que ele voltou atrás na sua certificação. Ele negou essa história e disse que sempre soube que o documento era uma farsa.

Mas então o que são os “Caractors”?

De acordo com Anthon, “as marcas no papel parecem ser meramente uma imitação de vários caracteres alfabéticos, e possuíam, na minha opinião, nenhum significado que os conectasse”. É possível que os “Caractors” sejam apenas rabiscos aleatórios; mas esse não parece ser o caso. Muito provavelmente, os “Caractors” na Transcrição de Anthon foram emprestados de diferentes fontes, talvez uma versão abreviada da Bíblia, com símbolos aleatórios para dar a aparência de uma língua verdadeira. Mas também é possível que os “Caractors” sejam exatamente o que Jospeh Smith diz ser. Até que eles sejam traduzidos e decifrados, nós não podemos saber.

5 – Os códigos do HMAS Sydney

Um dos mais fascinantes códigos não resolvidos é, além de um mistério, um caso político da Segunda Guerra Mundial. O que se sabe é que o HMAS Sydney era um navio de batalha australiano, que, em 19 de novembro de 1941, envolveu-se em uma batalha com o navio auxiliar alemão Kormoran. O Sydney era maior, mais poderoso e com mais armamento, se comparado ao Kormoran. Ainda assim, durante a batalha, o Sydney naufragou com todos dentro – 654 no total -, enquanto o menor sofreu apenas algumas casualidades. O fato do Sydney ter sido derrotado por um navio menor alemão é comumente atribuído à proximidade dos dois durante o conflito, e o efeito rápido e surpreendente do Kormoran. Entretanto, alguns pensam que o navio alemão usou artifícios ilegais, ou mesmo que um subamarino japonês estava envolvido. A verdade sobre o que aconteceu na batalha agora aparece como parte de uma elaborada farsa.

E é aqui onde os Códigos do Sydney entram. O capitão do Kormoran, Detmers, foi capturado e enviado para um campo de prisioneiros australiano após o barco afundar. Anos depois, em 1945, Detmers tentou escapar do campo, mas foi recapturado. Quando foi encontrado, ele estava com um diário que parecia cifrado em Vigenère (um tipo de código). Detmer colocou pequenos pontos embaixo de certas letras no diário. O documento foi enviado para especialistas australianos, e suas análises indicaram que ele estava cifrado em Vigenère, tipo já decodificado. De acordo com as análises, ele estava tentando esconder uma descrição do encontro entre o Sydney e o Kormoran. Mas por que Detmers usaria um código que todos sabiam já ter sido quebrado e fácil de decifrar?

O mistério aumenta após outros documentos australianos afirmarem que o diário não estava escrito com a cifra Vigenère, mas com um código alemão da II Guerrra Mundial.

Outra decifração do diário de Detmer diz que o código usado foi o britânico Playfair, que também já havia sido quebrado, em 1941. Por que, novamente, Detmer usaria um código inglês que ele provavelmente nem conhecia (ou mesmo que conhecesse, ele saberia que já havia sido decifrado antes da guerra)?

Qual será então a resposta? Detmers usou o código facilmente decifrável Vigenère? Ele usou um código alemão desconhecido? Ou o Playfair inglês?

Uma possível resposta é que o diário não foi codificado por Detmers, mas por autoridades britânicas ou australianas querendo dar a aparência de que estava em código. E ao usar qualquer um dos três códigos mencionados, todos já desvendados, qualquer um que encontrasse o documento poderia facilmente decifrá-lo. Ainda, a decodificação do diário produziria uma narrativa feita para reforçar as descrições inglesas e australianas dos eventos, que fizeram com que uma embarcação de guerra mais poderosa fosse destruída, com total perda de vidas, por outra menos poderosa.

Então o mistério real dos Códigos Sydney talvez seja: será que podemos saber quem os criou, e com quais propósitos?

4 – As Cifras de Bellaso

Em 1553, um criptógrafo italiano, Giovan Battista Bellaso, publicou um manual criptográfico chamado “La Cifra del Sig. Giovan Battista Bellaso”. Ele depois publicou outras duas edições, em 1555 e 1564. Foi nesses dois outros volumes que Bellaso incluiu códigos desafiantes para os leitores tentarem decifrá-los. Ele escreveu sobre suas cifras: “elas contém coisas maravilhosas que são interessantes de saber”. Bellaso prometeu revelar o conteúdo das cifras caso ninguém as resolvesse em um ano, promessa que acabou não cumprindo. Assim, as sete cifras continuaram inquebráveis até que um recluso inglês, chamado Tony Gaffney, conseguiu resolver uma, em 2009. O que ele descobriu é que o código revela uma inesperada conexão com a medicina astrológica da Renascença. O seu sucesso é ainda maior sabendo que ele não consegue ler em italiano.

Geffney decifrou depois a cifra número 7 de Bellaso. Isso foi ainda mais marcante já que a 7 era de um tipo completamente diferente usado pelo autor. Provavelmente, as outras cinco cifras de Belasso continuam intactas.

3 – Le Livre des Sauvages

Emmanuel-Henri-Dieudonné Domenech foi um abade francês, missionário e autor que respondeu ao chamado para desenvolver a Igreja Católica no Texas, em 1846, pegando um navio para a América. Ele ficou primeiro em St. Louis, completando seus estudos teológicos, e foi então para Castroville, Texas. Depois voltou para a França, onde se encontrou com o Papa, e retornou ao Texas, em Brownsville, na época da guerra entre o México e os Estados Unidos. Depois, voltou para a França, depois para o México, depois novamente para a Europa (e retornando ainda mais uma vez para a América, na década de 80 do século 19). Acabou passando seus últimos anos de vida como um autor eclesiástico viajante.

Talvez tenham sido as numerosas travessias do Atlântico, ou tempo demais no Texas, que fizeram com que Domenech produzisse um estranho e misterioso documento, que foi redescoberto na Bibliotheque de l’Arsenal, em Paris. O livro, conhecido como “Le Livre des Sauvages” era, de acordo com o autor, não o seu trabalho, mas de americanos nativos – um tipo curioso de documento. Isso foi rapidamente comprovado como falso por críticos germânicos, que notaram o uso contínuo de palavras e símbolos do alemão. Mas o livro tinha mais: estranhos desenhos. Os críticos pensaram que os diferentes rabiscos e imagens, desconhecidos símbolos, e misteriosos desenhos no texto fossem apenas rascunhos aleatórios de uma criança. Mas as repetidas figuras desenhadas parecem o trabalho de um adulto, especificamente de um com muitos problemas sexuais. Os desenhos e figuras são, no mínimo, bizarros. Você pode ver alguns exemplos aqui.

Há centenas de páginas disso no “Le Livre des Sauvages”. Entretanto, as figuras também incluem pequenos pedaços de material cifrado, que podem ou não ser parte de um código maior. Mas quem gostaria de decifrar o que está sendo dito com tantos desenhos sexuais?

2 – As anotações de Ricky McCormick

No dia 30 de junho de 1999, o corpo de Ricky McCormick, 41 anos, foi encontrado em um campo em St. Charles County, Missouri, EUA. Sem diploma e desempregado, McCormick era conhecido por ter problemas de coração e pulmão, vivendo hora sim hora não com sua mãe, e recebendo pensão por incapacidade física. Ele já havia sido preso uma vez por múltiplas ofensas. Seu corpo foi encontrado a vários quilômetros de onde ele vivia, sem sinal de agressão, e a causa da morte nunca foi definida.

Dentro de seus bolsos foram encontradas duas notas escritas à mão, que pareciam estar em código. Seriam pistas para a sua morte? Os especialistas em cifras do FBI e a Associação Americana de Criptologia tentaram, e falharam, em decifrar os significados das notas. Os códigos e a morte de Ricky estão listados como um dos maiores casos não resolvidos nessa divisão do FBI.

Doze anos depois, o FBI mudou sua visão e agora acredita que McCormick talvez tenha sido assassinado. Eles também acreditam que o que estava escrito nas anotações talvez explique a sua morte, e leve até o assassino, ou assassinos. Em 29 de março desse ano, o FBI pediu aos decifradores do mundo pque ajudassem a determinar o significado das mensagens. Alguns dias após a divulgação das mensagens na internet, o site da organização americana foi inundado com recados do público oferecendo ideias, sugestões e assistência. De acordo com membros da família de McCormick, ele costumava usar mensagens codificadas desde que era criança, mas aparentemente ninguém em sua família alguma vez soube como decifrá-las. Agora é a vez do público tentar ajudar o FBI a decodificar as anotações.

1 – Linguagem dos Gêmeos

Esse é um exemplo fascinante de uma linguagem desconhecida, que engana aqueles que tentam a entender e decifrar, e que é tão única que somente duas pessoas conseguem falar.

Criptofasia é um fenômeno peculiar, de uma linguagem desenvolvida por gêmeos (idênticos ou fraternos) e que só os dois são capazes de entender. A palavra tem sua raiz na palavra cripto – que significa segredo -, e fasia – que significa distúrbio na fala. A maioria dos linguistas associa a criptofasia com idioglossia, o que é o mesmo, mas o primeiro também inclui ações idênticas, como caminhar similar. Pouco é conhecido sobre a criptofasia.

Antes tido como um fenômeno raro, hoje se sabe que a criptofasia é muito mais comum – possivelmente ocorrendo em até 40% dos gêmeos. Essas linguagens autônomas são ininteligíveis para outros, e só podem ser compreendidas pelo irmão. Apesar de a criptofasia ser comum, a linguagem única criada logo desaparece com o envelhecimento.

Parece que os gêmeos adotam, ou utilizam uma linguagem adulta, mas apenas parcialmente. Isso geralmente acontece quando um adulto não está em constante contato com a criança. Tipicamente, dois ou mais irmãos (geralmente gêmeos, mas não sempre) crescem juntos durante a fase de aquisição da linguagem, e moldam ou obtém a linguagem adulta de maneira imperfeita. Se o modelo adulto não está sempre presente, então as crianças usam uma a outra como modelos. Não parece que as crianças estão inventando sua própria língua, mas sim criando algumas palavras. Parece que eles modelam incorretamente a exposição fragmentada à linguagem adulta, utilizando a limitada e contraída possibilidade fonológica de crianças jovens. Com essas palavras sendo dificilmente reconhecíveis, a fala talvez se torne completamente incompreensível para os modelos de linguagem.

Os melhores exemplos conhecidos desse fenômeno ocorreram com Poto e Cabengo – gêmeas idênticas (nomes verdadeiros: Grace e Virginia Kennedy, respectivamente) -, que usaram uma língua desconhecida para outras pessoas até aproximadamente os oito anos. Poto e Cabengo é também o nome de um documentário sobre as garotas, realizado por Jean-Pierre Gorin e lançado em 1979. Elas tinham aparentemente uma inteligência normal e desenvolveram sua própria comunicação porque tinham pouco contato com a língua falada durante seu crescimento.

Por Bernardo Staut [Listverse]


Fonte: Instituto Consciência Adamantina

_________________


Lisa Teixeira

http://muraldecristal.blogspot.com

Novembro / 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário