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sábado, 24 de setembro de 2011

Partes do satélite de 5,6 toneladas caem na Terra




















Foto: Nasa

Ilustração conceitual do UARS: satélite desativado vai se quebrar em vários pedaços na reentrada

ig São Paulo | 24/09/2011 04:33 - Atualizada às 08:32



O Satélite de Pesquisa da Alta Atmosfera (UARS, na sigla em inglês) entrou na atmosfera e caiu na Terra, confirmou a Nasa neste sábado. A Nasa (agência espacial americana) confirmou a informação mas disse que ainda não é possível precisar horário e local da queda.
Segundo a Nasa, o UARS penetrou na atmosfera terreste entre 0h23 e 2h09 (horário de Brasília) em algum lugar do Oceano Pacífico. Isso não significa necessariamente que todas as partes do satélite caíram na água. Pelos cálculos da Nasa, os restos podem se espalhar por um raio de até 800 km em relação ao ponto de impacto.
Há relatos de que partes do satélite caíram na cidade de Okotoks, no oeste do Canadá, mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.
Segundo a agência espacial americana, as probabilidades do satélite cair sobre a América do Norte eram pequenas e não existia informações precisas sobre outros continentes, apesar da agência espacial russa ter afirmado na quarta-feira (21) que os destroços cairiam no mar perto de Papua Nova Guiné.

A probabilidade de algum dos restos do UARS atingir uma pessoa era de uma em 3.200, segundo a Nasa. Para comparação, estima-se que o risco de uma pessoa que viva até os 80 anos ser atingida por um raio é de 1 em 10 mil. O aparelho pesa 5,675 toneladas e tem o tamanho de um ônibus.
Rússia diz que fragmentos de satélite cairão no mar perto de Papua Nova Guiné.
Nasa deve aprimorar o manejo do lixo espacial, alerta estudo
veja imagens do satélite em queda na direção da Terra. A previsão inicial era que o satélite cairia no final de setembro ou no início de outubro, mas sua queda foi antecipada pelo forte aumento da atividade solar na semana passada. Mas os ventos solares diminuiram nas últimas horas, o que desacelerou a queda do UARS.
Os cientistas da Nasa calculavam que o satélite ia se despedaçar ao entrar na atmosfera e que pelo menos 26 grandes peças sobreviveram às altas temperaturas do reingresso e cairão sobre a superfície da Terra.

O satélite voa sobre boa parte do planeta, entre 57 graus a norte e 57 graus ao sul da linha do Equador. Ele foi colocado em órbita pelo ônibus espacial em 1991 para estudar o ozônio e outros componentes químicos na atmosfera da Terra. Ele completou sua missão em 2005 e vem, desde então, lentamente perdendo altitude, puxado pela gravidade.

Segundo Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, pedaços de foguetes e satélites voltam à Terra todos os anos, sem nenhum dano. Ele lembrou que só este ano dois grandes pedaços de foguetes russos já caíram na Terra, sem grandes repercussões. As chances dele atingir alguém são muito pequenas. Eu não me preocuparia," disse à AP. Não há registros de pedaços de lixo espacial machucando pessoas ou danificando propriedades.

Em 1991, quando o UARS foi lançado, a Nasa não se preocupava ainda com o destino de satélites quando estes fossem desativados. Atualmente, todo equipamento espacial é projetado ou para se queimar completamente na reentrada atmosférica ou para ter combustível suficiente para ser manobrado com segurança de volta à Terra ou ao espaço sideral. Isso inclui a Estação Espacial Internacional, que deve ser desativada por volta de 2020.

Mesmo a antiga estação russa Mir caiu no Pacífico com segurança, em 2001. Mas sua predecessora, a Salyut 7, caiu sem controle em 1991. O último retorno de satélite sem nenhum tipo de manobra da Nasa foi em 2002.

O caso mais famoso de queda sem controle foi da estação experimental Skylab em 1979, da Nasa, que gerou milhares de apostas sobre onde ela iria cair, para no fim despencar no Oceano Índico e em partes remotas da Austrália.

AP, AFP e EFE

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
Por: Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Setembro / 2011

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