Olá a todos que me acompanham nesta jornada. Para quem ainda não me conhece, eu sou Nadya Prem, Naturopata e Psicoterapeuta Espiritualista.
Todas as noites nos aventuramos no mundo dos espíritos e vamos falar um pouco sobre nossas relações espirituais na dimensão astral.
Quando dormimos, nosso espírito se desprende do corpo, ficando preso a ele apenas por um cordão energético, chamado de Cordão de Prata.
O corpo astral, também conhecido por perispírito, então, tem a liberdade de se movimentar com mais autonomia pela dimensão dos espíritos desencarnados. Atraído como um ímã para as regiões astrais as quais tem afinidade, o espírito passa a usufruir de sua liberdade para se relacionar com seus semelhantes na dimensão astral. Suas tendências, perniciosas ou não, tornam-se mais intensas.
Todo o disfarce do qual o ego faz uso durante o dia, para definir sua autoimagem, denominada de persona, enfraquece-se na dimensão astral. O ego representa a nossa identidade nesta vida. É a mente concreta, material. Nossa persona é o lado consciente e social, o qual nos apresentamos ao outro. Mas, em sua dualidade, o ego esconde a sombra, lado inconsciente e reprimido, que durante o sono, se liberta.
Não há máscaras na dimensão astral, e o espírito se mostra tal qual ele é. Os pensamentos e as emoções se tornam vívidas com suas cores e formas. A frequência vibratória do espírito o conduz aos locais que definem sua sintonia e o aproxima dos espíritos que tem afinidade. Os relacionamentos entre espíritos encarnados e desencarnados são intensificados durante a noite. Com a falta de luz solar, as energias astrais são mais maleáveis e os contatos entre os espíritos são facilitados.
Os laços que os unem são os laços energéticos de amor ou de ódio. Identificam-se pelos desejos e pelo padrão vibratório resultante de sua conduta mental, emocional e comportamental. Por isso, muitos médiuns relatam que seus sintomas mediúnicos são exacerbados ao deitar para dormir, mesmo durante o dia, com a luz solar ainda presente. Em uma sessão terapêutica, uma cliente, médica que trabalha num pronto-socorro, relatou-me que, em seus períodos de intervalo, durante o plantão, tinha o hábito de ir para aquela "salinha" de descanso que os médicos utilizam, para tirar um cochilo.
Contou-me que podia perceber mais intensamente os espíritos sofredores que circulavam por lá e a energia pesada do ambiente. Ficava muito debilitada após o trabalho. Já em sua casa, não conseguia dormir, ouvia ruídos e sentia a presença de espíritos que, por descuido, acabava trazendo para o seu próprio lar. Os assédios espirituais são mais frequentes quando dormimos, porque ficamos menos atentos, tanto no campo físico quanto no astral.
O ego se afrouxa para que o espírito possa se manifestar. As paixões, os sonhos mais contidos, as repressões e o inconsciente acordam, enquanto o corpo físico adormece e o controle do ego diminui. Os chacras, vórtices de captação e distribuição de energia, durante o sono físico, continuam atraindo e são atraídos pelas forças benéficas ou maléficas, que os alimentam. Quando o padrão dos pensamentos, sentimentos e emoções são direcionados pelos instintos animalizados que trazemos, sem a interferência benéfica do eu superior e dos benfeitores espirituais, somos assediados por espíritos que são atraídos por nossa faixa vibracional pesada.
Os vampiros espirituais se aproveitam dos menos avisados, para sugar a energia dos chacras inferiores e ao despertar no corpo físico, sente-se um profundo cansaço. O sexo, a gula, os prazeres materiais, os vícios, continuam presentes no plano astral. Engana-se quem considera que, após a morte do corpo físico, os desejos materiais são extintos e que nos tornamos angelicais. Continuamos, tal qual, como aqui em vida. Os nossos desejos nos acompanham no mundo espiritual e o apego à matéria paralisa qualquer possibilidade de expansão da consciência e conexão com as esferas mais sutis e evoluídas.
Porém, os sentimentos de amor incondicional, as atitudes altruístas, caritativas, a vivência diária estruturada em atitudes positivas e as práticas da oração e conexão com a Luz, proporcionam um sono mais tranquilo e consciente. Nesse sentido, seremos auxiliados por nossos amigos espirituais que nos querem bem e nos servem como mensageiros e trabalhadores da Luz. Portanto, diferente de nossa vida na matéria densa, que é ilusória, a dimensão espiritual revela com mais evidência os nossos impulsos, nossa sombra e nossa luz interior. A vida terrena é ilusória, sim!
Durante a vida, nós podemos usar uma máscara que adere à nossa face e até nós mesmos acreditamos ser real. O lobo em vestes de carneiro... Mas, quando chega o desencarne, deparamo-nos com a realidade, a máscara cai. Aqui, rotulamos ao outro e a nós mesmos pelas aparências ilusórias. Vivemos o lado de fora e esquecemos a realidade que trazemos do lado de dentro. O lado de dentro se abre quando fechamos nossos olhos, quando meditamos, quando dormimos, quando buscamos o autoconhecimento. Todas as noites, temos a oportunidade de ir para dentro de nós mesmos.
Despertamos para o mundo onírico, onde se guardam as repressões, memórias, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. Além da região das energias oníricas, encontramo-nos com a dimensão espiritual. O nosso mentor espiritual procura se aproximar de nós o quanto é possível, o bem está sempre procurando nos alcançar. Mas, precisamos nos interiorizar, saindo da ilusão que nos aprisiona, para irmos de encontro a Deus, que é o Todo e não há como presenciá-lo na dualidade.
Uma descrição bastante verdadeira sobre a nossa condição, quando circulamos durante o sono na dimensão astral, é a de um "morto vivo". Sabe, aqueles filmes de terror, do tipo que mostram cadáveres que saem da terra, que começam a perambular? Para expandirmos nossa consciência na dimensão astral, é necessária, acima de tudo, uma conduta diária, pautada em pensamentos, sentimentos e atitudes de "alta frequência". A frequência vibratória trata da pulsação energética e sua densidade. Quanto mais sutil a energia, mais elevada sua pulsação, mais rápida sua vibração e mais iluminada sua natureza.
Durante o sono, tornamo-nos mais vulneráveis e portanto, há muito sentido em orar antes de adormecer. Com a oração, fazemos conexão com o mentor individual e aceleramos nossa frequência vibracional, nos unindo às energias dos benfeitores espirituais e das regiões mais elevadas. Quando dormimos também vamos ao encontro de nossos afetos encarnados. Namoramos, passeamos, podemos estudar e trabalhar. Há uma vida tão ativa quanto aqui.
Quem assistiu Nosso Lar, teve uma ideia simplificada sobre a vida do lado de lá. O Espiritismo, em sua vasta literatura, traz à tona todo o conhecimento sobre a dimensão astral e sua interação com a dimensão física. As interrelações entre os espíritos encarnados e desencarnados formam laços fluídicos que os unem e que se mantém durante o sono físico. Devemos, portanto, cuidar de nossa sintonia, desde o momento em que acordamos até o momento de ir dormir.
Buscar a coerência entre o que pensamos, sentimos e realizamos, porque colhemos o que plantamos. Não basta apenas orar se o sentimento e as atitudes diárias não estiverem na mesma sintonia de amor que a oração deve conter. O pensamento é o impulso que nos induz a sentir e, juntos movimentam o nosso ser a realizar, ou seja, criar sua realidade.
Sempre, somos nós quem escolhemos andar sob a luz ou sob trevas. Nunca estaremos sozinhos, somos todos um complexo de consciências, no mesmo oceano de energias que transitam em ondas. Porém, muitos ainda acreditam, em sua ignorância, na separatividade que o ego lhes impõe.
Salve!
por Nadya Prem
Fonte: http://www.psicologiaespiritualista.blogspot.com.br
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Lisa Teixeira
Junho / 2014
Junho / 2014
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