
Qual seria, nesta era de tamanha explosão tecnológica científica, a mais importante e imprescindível descoberta humana?
Como nunca antes, o ser humano vem sofrendo (e agravando dia-a-dia) de um doentio estado o qual chamarei aqui de "Disritmia Psicocoronária, um estado em que a mente e coração, não funcionam em harmonioso compasso e direção. A cada século, a raça humana é presenteada com raros homens e mulheres, que pelo seu modo de ser, deixam-nos claro que estavam devidamente imunizados contra esse tal estado de disritmia.
No entanto, como nos mostra a história, a raça humana — que funciona sempre nos moldes do passado — não estava preparada para esses homens e mulheres, cuja mente e coração, funcionavam no poderosíssimo ritmo de um agora, futurante; eram mentes muito a frente de seu tempo. Sua tamanha capacidade de visão, aos adormecidos, causava profundo medo e preocupações autocentradas para a grande maioria dos disritmados líderes escravocratas. Sempre foi assim e parece que, por tudo que se vê na mídia, assim, continuará a ser.
Sabemos muito bem os perigos do  avanço cientifico tecnológico, quando destituído de alma e coração. O  Poder sem coração só gera corrupção, que é muito mais do que esconder  dinheiro dentro da cueca. Corrupção, no sentido de desvirtuamento da  origem, da essência daquilo que ao ser humano se torna manifesto. Em  vista disso, me pergunto:
"Qual seria a imprescindível  descoberta capaz de facultar ao homem a potencialização de sua ainda  dormente e embrionária Consciência Amorosa Integralmente Inteligente?"
Sem dúvida, a essência desse  questionamento nada tem de novo, visto que, ao longo da história,  homens e mulheres, cada um ao seu modo, se debruçaram sobre esta  questão, com tamanha seriedade e paixão pelo "Demasiado Humano", pela "Excelência de Ser",  ao ponto de muitos chegarem até mesmo ao sacrifício de sua própria  existência. Com sua dedicada paixão, apresentaram ao mundo o conteúdo de  suas meditações, não somente através de livros e palavras, mas sim,  pelo exemplo vivo de sua vida de relação. Posteriormente as suas mortes,  "bem intencionados seguidores", acabaram por corromper as percepções  desses amorosos e ritmados homens, através da codificação de sistemas de  crenças. Tais sistemas de crenças, como se pode ver, no que diz  respeito a proliferação de um estado de beatifica consciência ritmada,  nem sequer o traço da cedilha, tiveram por êxito.
Nossa cultura — que mais parece  servir à um processo de descultura — criou um sistema de educação que  força o ser humano ao ajustamento, à irreflexiva padronização, à  repetição pelo acumulo de conhecimento, à um modo mecânico de pensar  destituído da capacidade de levantar fundamentais questionamentos, um  sistema de educação que força a aceitação passiva do modelo operante  imposto pelo sistema dominante, modelo este que atrofia o  desenvolvimento da lógica e da razão. Em vista disso, o sistema de  educação se transformou numa máquina processadora de "embotados  mecânicos especialistas", cuja preocupação primordial não está em  descobrir e seguir o ritmo sutil de um coração amoroso, mas sim, em ser  mais um vitorioso "aprendiz gladiador", no imenso e especulador coliseu  do mercado de trabalho, cujo único interesse está no acumulo de cifras  monetárias para a consumação de cambiáveis bens materiais. Neste imenso  coliseu, em nome dos lucros, toda forma de barbárie tem se mostrado  possível, inclusive, com a ajuda de uma mídia também corrompida, a  barbárie de disfarçar a percepção da realidade da mecanicidade atuante.  Tanto a educação como os meios de comunicação, estão fundamentados no  processo de comparação, o qual é sempre medido pelos índices de ibope,  os quais sustentam o desenvolvimento de uma mente escrava do medo,  consequentemente, forçada à aceitação da imitação que condiciona e à  recusa de valores originalmente criativos que apontem para a formação de  consciência. O impulso para a satisfação do imediativo sensório, coloca  de lado até mesmo uma razoável capacidade de raciocínio lógico, o qual  teve seu desenvolvimento tolhido através de vários anos de adestramento  escolar.  A essência da filosofia, da poesia e da arte, a qual  potencializa o despertar de uma mente e coração sutil e amoroso, capazes  de captar os sinais da Inteligência Amorosa Criativa, que tudo permeia e  que ilumina a razão, foi substituída por valores científicos à serviço  das "exatas financeiras" e das "humanas desumanas". O mantra de nossa educação pode ser resumida numa simples e repetida questão:
"Afinal, quanto eu levo nisso?"
Diante da egocentricidade de tal mantra, surge então a questão:
"Qual descoberta poderia  alterar o fluxo da consciência humana, de modo que houvesse o  realinhamento com o ritmo amoroso dessa Inteligência Criativa, de modo  que a pergunta 'Quanto eu levo nisso?', poderia dar lugar a pergunta: 'Como posso colaborar com isso?'"
Qual educação poderia  facilitar ao desumano ser humano a deixar de ver o mundo como um objeto a  ser explorado, de forma inconsciente, apenas para a satisfação de seus  interesses autocentrados? 
Qual educação poderia facultar  ao ser humano o questionamento de como interagir de forma harmônica,  consciente, com este organismo vivo, do qual o homem é parte integrante e  não como senhor dominante, que é o modo como ele hoje se vê?
Penso que na resposta para estas  questões, se encontra o remédio que pode facultar ao homem a cura de  sua doença de disritmia psicocoronária, causadora das mais variadas  formas de estresse, os quais impedem ao homem a retomada de seu próprio  ritmo, sem o qual, torna-se impossível a manifestação de um estado  co-criativo com a Fonte da Vida, a qual é toda alegria, felicidade,  liberdade, poesia e, principalmente, Arte. É na descoberta da educação correta que se encontra, em nós, o artista e a arte de viver. Sem  a descoberta desta educação, o ser humano continuará a ser aquilo que  hoje é: um ajustado, conformado, embotado e corrompido telespectador;  totalmente incapacitado de experienciar e exercitar, pelos palcos da  vida, a genuína realidade expressa na limitação da palavra, "Amor".
Fonte: http://confrariadosdespertos.blogspot.com
__________
Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Março / 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário