
Desde a sua criação, em 1947, o  Relógio do Apocalipse sempre esteve próximo da meia-noite. Este relógio  simbólico, mantido pelo comitê de diretores do Bulletin of the Atomic  Scientists da Universidade de Chicago, calcula, em minutos, a distância  da raça humana da sua própria extinção – meia-noite representando a  destruição do mundo por uma guerra nuclear. Segundo um relatório  publicado pelo Bulletin of the Atomic Scientists , em janeiro, contudo,  2012 marca um ano em que avançamos mais um minuto rumo ao Juízo Final.
O relógio aponta, a partir de agora, 23h55, uma progressão justificada por nossa incapacidade, nos últimos tempos, em controlar a proliferação de armas nucleares e o aumento do efeito estufa. Segundo o comunicado da universidade, o planeta avança para um caminho sem volta nas mudanças climáticas: “A Agência Internacional de Energia prevê que, se nos próximos cinco anos as sociedades não começarem a desenvolver alternativas às tecnologias de energia emissoras de carbono, o mundo está condenado a um clima mais quente, a uma subida do nível dos oceanos, ao desaparecimento das nações insulares e um aumento da acidez dos oceanos”.
O relógio aponta, a partir de agora, 23h55, uma progressão justificada por nossa incapacidade, nos últimos tempos, em controlar a proliferação de armas nucleares e o aumento do efeito estufa. Segundo o comunicado da universidade, o planeta avança para um caminho sem volta nas mudanças climáticas: “A Agência Internacional de Energia prevê que, se nos próximos cinco anos as sociedades não começarem a desenvolver alternativas às tecnologias de energia emissoras de carbono, o mundo está condenado a um clima mais quente, a uma subida do nível dos oceanos, ao desaparecimento das nações insulares e um aumento da acidez dos oceanos”.
O alerta do Bulletin of the Atomic Scientists chega num momento em que os supersticiosos lembram com temor do calendário maia, que prevê o fim do mundo para este ano. Aproveitando o frenesí em torno da data (uma ação de marketing viral já desmascarada,  diga-se de passagem, por especialistas em civilizações antigas), uma  onda de publicações científicas sobre o fatídico 2012 inunda as  prateleiras das livrarias. Ao mesmo tempo, cientistas sérios tentam  expor à sociedade as verdadeiras razões para se alertar. Para muitos  deles, o temor de um fim próximo, talvez já para este século, não deve  ser subestimado.
É o caso do neurocientista,  físico e filósofo sueco Nick Bostrom, professor da Universidade de  Oxford e diretor do Future of Humanity Institute. Bostrom, um estudioso  do “risco existencial” do ser humano, deu uma entrevista alarmante para a  revista The Atlantic, na qual aponta alguns dos fatores que poderiam  interromper a jornada humana na Terra a curto prazo. O desenvolvimento  desenfreado estaria, segundo o filósofo, oferecendo armas letais ao  alcance de todos – e não apenas nucleares, como indica o Relógio do  Apocalipse. Nunca antes, na história, o cidadão comum teve um acesso tão  fácil a ferramentas capazes de criar vírus mutantes e outras armas  biológicas.
“A curto prazo, creio que o  desenvolvimento nas áreas da biotecnologia e da biologia sintética são  bastante desconcertantes”, disse ele à publicação. “Estamos adquirindo a  capacidade de criar agentes patogênicos modificados, e os mapas de  diversos organismos patogênicos estão no domínio público: você pode  baixar na internet a sequência genética do vírus da varíola ou da gripe  espanhola. Até aqui, o cidadão comum só possui a representação gráfica  na tela de seu computador, mas nós desenvolvemos também máquinas que  sintetizam o DNA cada vez melhores, que podem pegar um destes mapas  digitais e fabricar verdadeiros fios de DNA ou RNA. Em breve, tais  máquinas serão potentes o bastante para recriar estes vírus. (…) A longo  prazo, creio que a inteligência artificial, uma vez que ela tenha  adquirido capacidades humanas, depois sobre-humanas, nos fará entrar em  zona de risco maior. Há também diferentes métodos de controle  populacional que me preocupam, como a vigilância e a manipulação  psicológica com a ajuda de remédios”.
Ao contrário do que se pode  pensar, Nick Bostrom não faz um discurso contra a tecnologia. Seu apelo é  para que se tenha mais controle sobre ela, evitando que sirva, por  exemplo, como instrumento de repressão de regimes totalitários. A  tecnologia poderia, nesse caso, tornar-se uma inimiga das liberdades  individuais – um instrumento para eliminar dissidentes e vigiar as  populações em um clássico cenário de distopia totalitária em escala  mundial à la George Orwell.
Bostrom afirma que, pelo menos a  curto prazo, é preferível se preocupar com riscos antropogênicos  (causados pela ação do homem) do que desastres naturais, como queda de  asteroides e erupções de vulcões. Aliás, ele lembra que, se atualmente o  risco de um juízo final está estimado a uma ou duas chances sobre dez, é  muito em função das ferramentas ultra-potentes criadas pelo homem: “Se  você voltar no tempo, verá que para fabricar uma bomba atômica no  passado era preciso matérias primas muito raras, como urânio enriquecido  ou plutônio, que são difíceis de conseguir. Mas suponha que haja uma  técnica lhe permitindo criar uma arma cozinhando areia em um forno  microondas, ou algo do gênero. Nesse caso, onde estaríamos agora?  Podemos presumir que, com esta descoberta, a civilização teria sido  condenada. A cada vez que fazemos alguma descoberta, colocamos nossa mão  em uma urna cheia de balas e tiramos uma nova bala: até aqui, só  tiramos balas brancas e cinzas, mas talvez na próxima vez sairá uma bala  negra, uma descoberta que seja sinônimo de desastre. Até o momento, não  temos como recolocar uma bala na urna se ela não nos agradar. Assim que  uma descoberta é publicada, não há jeito de ‘despublicá-la’”.
Fonte: http://evidenciasprofeticas.blogspot.com
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Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Março / 2012
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Março / 2012
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