Na 1ª parte, a Metafísica Espiritual foi definida como o estudo da natureza da realidade, baseada na consciência penetrante que está por trás da Criação e de todas as suas manifestações.
Tudo na existência é composto de 100% de consciência. Pode parecer um mundo físico, sólido. Certamente age como um. De vez em quando, lembro-me de como ele é sólido quando esbarro em algo!
Entretanto, se consultarem um livro de física geral, ele irá lhes mostrar que a matéria é realmente composta de partículas de energia. Isto não parece muito sólido, afinal. Surge também a questão: “O que é a energia?” Para encontrar a resposta a isto, vocês têm que ir além da física de hoje e para o reino da metafísica espiritual.
A energia é consciência comprimida.
Assim como tudo no universo, a energia é consciência em 100%. Tem que ser, porque o Criador nada mais tem a trabalhar, além da consciência. Portanto, o mundo material, com a sua aparente solidez, foi criado a partir da consciência comprimida.
Voltando bem ao início do universo, o Ser Infinito foi agitado pela sua motivação inicial a entrar em ação e criar um modo de se ver a partir de um número infinito de pontos de vista.
O Ser Infinito – o Absoluto imutável e perfeito ou a Divindade – formou então um aspecto de si mesmo que chamamos de Criador. Este aspecto foi encarregado com uma missão de agir e criar o que agora conhecemos como o universo. O problema foi: como realizar a Criação usando nada além do que a consciência?
Isto não pode ser conseguido, simplesmente girando a consciência em torno de uma concha em forma de rosca, de um universo. O que era necessário era uma maneira de separar a consciência original em dois aspectos complementares e então fazer com que eles interagissem um com o outro, de uma forma produtiva.
Como exemplo de uma interação de energias, é a produção da Luz. A energia da Luz se manifesta quando a eletricidade e o magnetismo são interligados a uma determinada frequência e então é projetada em todo o Universo.
Não é difícil de imaginar que os nossos corpos físicos sejam uma forma de luz solar solidificada. É um pouco como dizia o Mestre Jedi na trilogia original da Guerra nas Estrelas:
“Somos seres brilhantes, não esta matéria bruta.”
De fato, os nossos corpos físicos são feitos de energias luminosas e as nossas almas não físicas são exemplos ainda mais brilhantes das obras do Criador.
Os mestres iogues se referiam à realidade física como “a grande ilusão”, porque simplesmente ela não é o que parece. Vocês poderiam ir mais além e compreender que este mundo de consciência solidificada é realmente um sonho criado na mente de Deus, e não apenas este mundo, mas todo o Universo.
A escala da Criação é impressionante. Saber, como hoje, que vivemos em um imenso cosmos, cheio de trilhões de planetas e de sóis, como nos relacionamos com um Criador que, por definição, tem que ser o maior em tamanho do que a sua criação? O que aconteceu à velha idéia familiar de Deus no céu? Como nos relacionamos com um Deus que é maior do que podemos imaginar?
A resposta está no conceito tradicional, mas pouco compreendido dos três “O”. É um conceito que me foi ensinado quando criança na Escola Dominical, que Deus é Onipotente, Onipresente e Onisciente. A parte “Todo-Poderoso” não é dita, mas são as partes: onipresente e onisciente que apontam o caminho para a resposta a este dilema.
A consciência do Ser Infinito, cortesia do seu aspecto do Criador, está presente em cada molécula e em cada partícula subatômica na existência. Está presente e consciente em cada parte do seu corpo, mente e alma. Cada molécula do seu corpo é um aspecto do Criador, observando a vida a partir do seu próprio ponto de vista único.
Não somente é cada molécula na existência, parte da consciência do Ser Infinito, nós, como seres humanos, temos a faculdade adicional de autoconsciência. Fomos criados para agirmos como indivíduos auto-capacitados que, como atores no palco da vida, experienciamos os efeitos de nossas próprias decisões e ações.
A analogia da vida como um teatro cheio de atores é bem apropriada. No mundo de realidade fabricada, vista no filme “A Matriz”, o “Escolhido” Neo, despertou para o fato de que as suas limitações eram em grande parte auto-impostas e que a sua mente poderia ser desenvolvida para superá-las. Nós, também, encontramo-nos em um mundo cheio de muitos tipos de limitações aparentes, muitas das quais não são tão sólidas como parecem.
A Ciência Materialista reivindica que vocês são um acidente da evolução biológica. Na verdade, vocês são muito mais do que isto: Vocês são um aspecto do Criador, observando a vida a partir do seu próprio e único ponto de vista. Vocês são a consciência onipresente do Ser Infinito.
Vocês não têm que olhar para fora de si mesmos para Deus, porque Ele está em seu interior!
Quando vocês experienciam a vida através dos seus olhos, ouvidos e sentidos, vocês são o Ser Infinito, atuando através de outro ponto de vista da infinita variedade da vida. Cada fibra do seu corpo é o Ser Infinito, cada sonho que vocês manifestam é o Ser Infinito em ação, cada lágrima de alegria que vocês derramam nas experiências mais sutis da vida é uma lágrima derramada pelo Ser Infinito em sua forma como vocês.
Vocês podem estar mais próximos do que nunca de Deus, quando compreendem que cada parte do seu corpo, mente e espírito é Deus. Mesmo neste estranho mundo onde parece que estamos separados de todos os outros, a consciência da presença de Deus é um mero pensamento distante.
Na próxima semana, nós iremos ver como refletimos as habilidades do Criador, através da análise do nosso poder criativo e inerente.
…..—ooo000ooo–……
Parte III - Metafísica Espiritual para a Nova Realidade
DEUS ESTÁ MORTO! VIDA LONGA PARA DEUS!
Há uma tradição européia secular que, quando um Rei morria, ele era imediatamente substituído pelo seu sucessor, de modo que nenhum vácuo de poder pudesse existir. Nas ruas, o povo ouvia os dois itens das notícias ao mesmo tempo, que o velho rei estava morto e que o novo rei tinha sido coroado. Eles então expressariam o seu apoio ao novo rei, gritando:
“O REI ESTÁ MORTO. VIDA LONGA AO REI!”
Na 2ª parte deste curso, observou-se o desaparecimento da velha imagem de Deus acima de nós no céu, devido à crescente consciência do enorme tamanho do universo. Afinal, para que o universo seja preenchido com a consciência onipresente do Criador, Ele tem que ser maior em tamanho do que a Criação.
Foi necessário um longo tempo para deixar ir a crença geral de que nós na Terra, somos o centro de toda a Criação. Felizmente, enquanto o velho conceito de Deus no céu desapareceu, o novo conceito de Deus em nosso interior, nos aproxima muito mais do Criador e de toda a Criação. Por isto, é justo dizer: “Vida longa ao novo e expandido conceito de Deus!”
Somos aspectos do Criador, como são todas as coisas na existência. Melhor ainda, como seres humanos, somos dotados de autoconsciência, com a curiosidade de aprendermos novas coisas, e também com uma faculdade menosprezada – a imaginação.
A expressão: “É somente a sua imaginação”, é uma que despreza a sua maior faculdade. A verdadeira situação é revelada em outra expressão: “Nós fomos feitos à imagem de Deus.” A palavra “imagem” aqui não quer dizer “parece”. Afinal, seria difícil visualizar um Criador maior do que a sua Criação – o universo – tendo dois braços e duas pernas. A palavra “imagem” significa realmente que fomos criados na imaginação do Criador.
A IMAGINAÇÃO É A SUA FACULDADE CRIATIVA
É a imaginação – a aplicação da consciência em uma direção criativa – que estabeleceu os planos para todo este universo. Na 2ª parte deste curso, foi dito que, para a Criação ser bem sucedida, tinha que haver uma maneira de separar a consciência original em dois aspectos complementares e então tê-los interagindo um com o outro.
Estes dois aspectos foram os princípios do pensamento puro e do sentimento puro. Como seres humanos, esta idéia do pensamento separado do sentimento, pode ser difícil de compreender, porque, em nossa experiência, pensamentos e sentimentos estão sempre entrelaçados. Recuem, por um momento, da sua experiência humana, entrem no reino do abstrato, e observem a Lei original da Criação:
Criação = Pensamento + Sentimento + Ação.
Pensem no Pensamento puro, original, como imaginação, intelecto ou intenção. Pensem nele como um conceito similar aos planos que um arquiteto faz para um grande edifício.
Então, pensem no Sentimento puro, original, como a energia que preserva e protege a vida, ou a energia que faz com que as coisas cresçam. Isto se relaciona com o conceito humano da atenção, porque as idéias se desenvolvem quando elas recebem a sua atenção.
Em termos cósmicos, o pensamento puro é a força da expansão que faz com que o Universo continue a crescer. O sentimento puro é a força de contração contrabalançada, que mantém a velocidade desta expansão a um ritmo controlado e pré-determinado.
Se vocês fossem comparar a Lei da Criação a uma analogia humana, vocês poderiam dizer que o Pai Divino e a Mãe Divina trabalham em ação complementar para criar e preservar o Universo. Na tradição Cristã, estes conceitos são chamados de Pai e Espírito Santo. O aspecto da Criação do Espírito Santo ou da Mãe Divina preenche o Universo com o amor divino que une o universo e proporciona a energia para o crescimento de todas as formas de vida.
Agora, se alguém lhes disser que o amor está no ar, vocês podem responder com conhecimento de causa: “Sim, está” Vocês têm apenas que agarrar e tocar o amor deste aspecto do Criador, para saber que vocês são feitos a partir do amor e que são amados, agora e para sempre.
Como seres humanos, nós herdamos o poder de criar. O nosso campo de influência é do tamanho do humano, em vez do tamanho do universo, mas o princípio permanece o mesmo.
No reino humano, a Lei da Criação é mais bem afirmada desta forma:
Criação = Intenção + Atenção + Ação.
E esta é a chave para criar uma vida melhor!
Na próxima semana, nós discutiremos as chaves para fazer com que esta fórmula funcione com sucesso e eficácia. Até então…
…..—ooo000ooo–……
Fonte: http://www.infinitebeing.com/
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
____________
Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Fevereiro / 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário