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domingo, 29 de janeiro de 2012

O ENCONTRO DE SÍ MESMO


Como sabemos, e é de conhecimento de todos, somos seres tridimensionais, isto na visão física. Mas se analisarmos o ser como um todo, iremos perceber, que além da visão física, estamos também enquadrados em outro tipo de perspectiva. Podemos entender que somos três seres em um. E esta visão se dá assim:


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O PRIMEIRO SER: É a visão que tenho de mim mesmo, de como eu me vejo, de como eu me entendo, como faço as coisas, como me analiso, como percebo minhas qualidades, como percebo meus defeitos. O mais interessante de tudo isso, é que esta visão que tenho de mim, se processa de uma maneira peculiar. Eu me enxergo de fora pra dentro, como se eu estivesse analisando outra pessoa. Portanto, fazendo isso, me cabe afirmar que de fato não nos conhecemos. Erramos seguidamente sem uma razão lógica, nos pegamos com pensamentos, que não são dignos, de um ser que se diz racional, em evolução. Perdemos oportunidades, porque não conhecemos nossa real capacidade. Somos infratores de nossa própria felicidade. Vivemos em função quase que exclusivamente, das impressões da matéria, procurando retorno, onde na maioria das vezes, só se encontra ilusão. Não vivemos, nem sequer 10% da nossa plenitude espiritual. Nos perdemos, e nos encarceramos, em dogmas que nos servem de cabrestos e rédeas, diluindo assim, pouco a pouco, nossas más tendências. E no final de nossa falsa visão, nos enxergamos como pessoas boas, de princípios nobres, com apenas alguns defeitos, e não aceitamos outra leitura. Como então irei adquirir sabedoria, se eu mesmo não sei quem sou? Que visão é esta que eu tenho de mim mesmo? Concluindo nosso raciocínio, este primeiro ser, é composto de impressões falsas, 90% mergulhado no egocentrismo, na presunção, na soberba, e algumas virtudes. Utilizando apenas 10% (ou menos) na aplicação da elevação espiritual.


*O SEGUNDO SER: É a visão que os outros têm de mim. De como este outro me vê, de como ele me analisa, de como vê minhas qualidades, ou meus defeitos. Este sim, só irá me enxergar de fora pra dentro, porque na verdade, como disse acima anteriormente, as outras pessoas absorverão apenas, aquilo que eu transmitir no meu primeiro ser. E isto é interessante, porque eu somente irei passar para os outros, aquilo que me interessa, seja uma boa impressão, ou má; confirmando assim a falsa impressão do meu primeiro ser, que se molda de acordo com os meus interesses. Obviamente devemos compreender também, as relações de afinidades, pois, ou gostam de mim, ou não gostam. Mas pra isso se efetivar, eu estarei aplicando meu primeiro ser, somos na verdade todos iguais, ou quase todos. Quando este outro, nos aponta um defeito de maneira agressiva e obtusa, certamente estará ele, este outro, inconscientemente declarando à você, que ele também, tem o mesmo defeito. Pois aquele que adquiriu sabedoria, elevação espiritual, e abertura consciencial, ressalta e eleva suas qualidades e não seus defeitos. Então podemos entender, que a visão do segundo ser, também é falsa, pois ela se pauta em um ser que está te analisando, porém com a consciência e visão do primeiro ser dele. Para entendermos melhor, o primeiro ser é a minha visão de mim mesmo, naturalmente distorcida, o segundo ser, é a visão do outro para comigo, porém este segundo ser, ou seja, a visão do outro, é aplicada pelo primeiro ser dele em mim, mas está também experimentando a visão e leitura do segundo ser dele, por outras pessoas, fazendo assim uma leitura de minha pessoa, mais distorcida do que eu tenho de mim mesmo.


*O TERCEIRO SER: Esta é a visão que Deus tem de mim. De como Ele, dentro da sua sabedoria, misericórdia e amor me enxerga. Somos seres em evolução, como qualquer outro ser, passivos de erros e acertos. Ele, Deus, O sabe, mas mesmo assim compreende, e nos dá o direito de viver nossa existência. Nos concretiza como vidas, e nos dá o direito do livre arbítrio. Deus não tem uma visão nem crítica, nem análoga, nem passiva, nem ativa sobre mim. Porém, conhece intimamente e profundamente meu ser. Sabe onde sou fraco, mas não me julga, sabe onde sou forte, mas não me eleva. Pois não depende dele meu curso de escolhas, porque isto está contido dentro das leis universais de causa e efeito que Ele mesmo criou.O tempo da minha jornada, é o tempo do meu entendimento, e da minha aplicação das leis divinas. A viagem é curta ou longa, vai depender de mim. Na verdade, irá durar o tempo necessário, até que eu elimine da minha vida, o meu primeiro ser, e o meu segundo ser. Os teólogos, e os “entendidos”, dizem que Deus, está em nós. Porém eu pergunto: Está em nós como? Se Ele, é a perfeição, a justiça, a misericórdia e o amor, por quê não temos estes atributos em nós? É claro, que não alcançaremos Deus em todos os sentidos, porém devemos no mínimo, tentar compreender a essência divina, para que possamos enxergar a nossa vida e a do nosso próximo, com mais clareza, sabedoria e equilíbrio, e ser apenas “um” em comunhão com o Pai. Devemos nos enxergar como Deus nos enxerga, com paciência, tolerância e amor, pois só assim, enxergaremos os outros. Este sim é o ser verdadeiro, constituído de dignidade suficiente, para perceber e entender o quanto ainda somos pequenos diante do todo, mas o quanto somos grandes na visão do Criador, pois Ele assim O quis!

Muita luz e paz em seu coração!



Fonte: http://aberturaconsciencial.blogspot.com




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Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Janeiro / 2012

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