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sábado, 3 de dezembro de 2011
Educar ou sabotar?
Qual dos dois nossas escolas fazem (sabotar o aluno ou a aprendizagem)?
O que gera conhecimento: as respostas ou são as perguntas?
Estas são perguntas que tem “cadeira cativa” em minha mente quando penso no assunto Educação.
Já no final da década de 1970 estudiosos e pesquisadores não dogmáticos faziam perguntas semelhantes e preocupavam-se com a educação limitadora e opressora do sistema educacional vigente.
Atualmente, no nosso país, onde observamos cada vez mais estudantes desinteressados e displicentes, onde na frente das escolas, nos recreios e até nas salas de aula acontecem brigas, chutes, esfaqueamentos, ficamos nos perguntando: o que está acontecendo, o que há de errado com essa garotada?
Bem, a garotada tem muita energia para gastar e enfiados horas a fio assistindo aulas chatas e desinteressantes (dissociadas da realidade deles) acabam extravasando em atitudes agressivas.
Oh Céus, por que são tão poucos os que veem isso e logo aqueles que não têm força para mudar esse status quo.?
Marilyn Ferguson, jornalista e escritora americana, publicou em 1980 um livro sobre mudanças de paradigmas em várias áreas da atividade humana, sendo uma delas a educação formal e o aprendizado.
Veja a seguir algumas das idéias contidas no livro (com as quais concordo plenamente) a respeito do assunto.
Pressuposições do velho paradigmade educação:
Estrutura hierárquica e autoritária. Recompensa o conformismo, desencoraja a divergência.
Aprendizado como um produto, uma destinação.
Prioridade na realização.
Desencorajamento de dúvidas e do pensamento divergente.
Preocupação com normas.
Confia principalmente no conhecimento teórico e abstrato, no “conhecimento livresco”.
A educação é encarada como necessidade social durante um certo período de tempo.
O professor proporciona conhecimentos. Rua de mão única.
Pressuposições do novo paradigma do aprendizado:
Igualitária. Sinceridade e divergências permitidas. Alunos e professores veem uns aos outros como gente
Aprendizado como um processo, uma jornada.
Prioridade na autoimagem como garadora de realização.
Encorajamento das dúvidas e pensamento divergente como parte do processo criativo.
Preocupação com a realização do indivíduo em termos de potencial.
Conhecimento teórico e abstrato amplamente complementado por experimentos e pela experiência.
A educação é vista como um processo que dura toda a vida.
O professor é um educando também, aprendendo com seus alunos.
Fonte: A Conspiração Aquariana, Marilyn Ferguson.
Então, como deu para notar, é toda uma nova ótica sobre a educação e o processo de aprendizagem. Já existem algumas escolas que usam métodos mais progressistas e dentro desta ótica, mas ainda são minoria, falta haver uma maior conscientização da sociedade como um todo para termos uma educação nos moldes que preconiza Marilyn Ferguson.
Uma educação que priorize o sujeito do aprendizado que é o aluno, maior flexibilidade nos currículos e nos métodos, conhecimento mais focado na usabilidade do mesmo na vida prática, adequação às aptidões e vocação do aluno, enfim uma educação centrada no pleno desenvolvimento do ser humano como seu objetivo.
Atualmente está em andamento um projeto que visa modificar o atual estado da educação, trata-se do Projeto Educação Proibida. Leia a respeito aqui.
Fonte://http://in-percepcoes.blogspot.com/
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Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Novembro / 2011
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