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sábado, 26 de novembro de 2011
O ato de voar e o controle do voo
Quando o indivíduo sente a voz interna clamando por mudanças, são os desejos que estão querendo se mostrar: são os anseios por estar bem, por sentir-se satisfeito, a vontade de sentir-se prazeroso, importante, realizador.
É uma metamorfose única, ninguém sente igual, e cada um tem “sintomas” só seus: alguns são invadidos por inquietudes, desassossegos, insatisfações; outros, mais medos, indefinições, vacilações, por vezes até sofrimento físico e psíquico.
Por isso, romper limites tem a ver com voar, abrir asas, ir além dos condicionamentos.
“Mesmo com impulsos e incentivos, a decisão é própria, individual e única. Senão, é continuar aceitando paradigmas e manipulações, “segurando-se” em comunicações trazidas pela televisão ou Internet, comunicações que permitem “sair” fora sempre que se quiser, sem nenhum constrangimento ou arrependimento, numa total fuga ao compromisso do envolvimento, negando o exercício do contato, ímã para a afetividade, efetividade dos relacionamentos e resultados...”
[...]
Por sua vez, controlar o vôo é tão importante quanto o decidir-se a voar. O jeito, pouco importa aos demais, tem a ver somente com aquilo que você espera de si. Olhando a natureza, podemos aprender com alguns seres alados como fazer.
Os FURA-BUCHOS (aves lindas) sobem em uma árvores frondosa, cheia de galhos que servem de pistas ascendentes, e vão caminhando até chegar nas alturas. Quando chegam no topo largam-se ao infinito, num vôo majestoso e tranqüilo. Planam lindamente. O esforço inicial também não cansa tanto, não requer tanto esforço, só leva mais tempo, subindo gradativamente.
Analogicamente ao nosso processo de crescimento (liberdade individual), é o desenvolvimento gradativo que, mesmo assim, requer a companhia dos iguais, que constituem o nosso “bando”, a nossa “turma”. Acontece nos círculos de relações onde as pessoas possuem o apoio e o incentivo.
A pomba dá um pulo, num impulso único do lugar onde se encontra, inclina as asas vigorosamente para baixo, por duas vezes, depois para a frente, em movimento certeiro e, pronto, está voando graciosamente. O vôo é mais rápido, requer muita habilidade e é um vôo restrito às aves de pequeno porte, que não pesam muito. Aves mais pesadas não conseguem alçar vôos usando esse método.
Analogicamente ao processo humano, é preciso avaliar o quanto temos de herança cultural, de hábitos arraigados, de crenças limitantes cristalizadas, se intentamos alçar vôo como pombas.
A capacidade de vôo dos besouros permanece um mistério. Eles são pesados demais, as asas são curtas, não há lógica para explicar o fenômeno. Mas eles voam. Pesados e desajeitados, aparentemente sem competência para alcançar alturas, quando menos se espera levantam um par de asinhas mais duras, que funcionam para dar impulso, ao mesmo tempo em que aparece um par de asinhas mais moles. No início do vôo parece que não vão se sustentar, parecem tontos, sem rumo, mas seguem em frente.
Analogicamente, eles são um bom modelo para aqueles que desacreditam nas suas próprias capacidades, ou aqueles que escutam muito que não servem para nada.
O vôo do albatroz necessita de uma pista mais ou menos plana, para sair correndo, criando um impulso até deslocar-se do solo (como os aviões o fazem) e, após sair do chão, manter as asas em equilíbrio específico, a fim de criar um fluxo de ar sob suas asas, o que lhe permite alçar maiores alturas.
No processo humano, tem a ver com a manutenção das metas, com a constância na nutrição dos objetivos, o que é imprescindível para que a mudança ocorra e seja efetiva. O olhar fixo para frente, da ave, analogicamente, é a própria perseverança que deve ser cultivada.
A altura de seu vôo é você quem estabelece, de acordo com seus sonhos e desejos, levando em consideração capacidades e competências. Aves já foram vistas a 5.400 metros de altura, voando por pura diversão, sem objetivos de caça!
OBS.: (Os Dados sobre as aves foram extraídos de um documentário da BBC de Londres, denominado O Controle do Vôo, de autoria de David Attenbourgh, cientista e pesquisador inglês.)
Fonte: Capítulo 7 - A Metamorfose do Ser em 360 graus - Madras /SP
Marise Jalowitzki
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Lisa Teixeira
http://muraldecristal.blogspot.com
Novembro / 2011
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