Um estudo do Insituto de Radioproteção e Segurança Nuclear informou nesta quinta, 27, que o acidente na central de Fukushima, ocorrido em março de 2011, provocou uma contaminação recorde no ecossistema marinho.
A interpretação dos resultados da medição de césio 137 na água do mar fez com que o IRSN atualizasse a estimativa da quantidade total deste elemento lançada no mar entre 21 de março e meados de julho, chegando a 27 milhões de bilhões de becqueréis.
“Esta é a maior quantidade desse radioisótopo artificial presente em meio marinho”, afirmou o instituto em comunicado. “O resultado é aproximadamente duas vezes mais elevado pelo IRSN em junho e 20 vezes maior do que a estimação feita pelo operador japonês Tepco, em junho.
No entanto, graças às correntes marinhas mais fortes do planeta, as águas contaminadas foram rapidamente afastadas. “A localização de Fukushima permitiu uma dispersão excepcional deste elemento”, acrescentou o instituto. Diluída no conjunto do Pacífico, a significativa quantidade de césio 137 deverá, afinal, conduzir concentrações de apenas 0,004.
De acordo com medições realizadas nos sedimentos costeiros, os peixes vivos não serão afetados. “As concentrações não deverão sofrer impacto em termos de radioproteção”, afirmou o instituto, sem deixar de lembrar que “a poluição do mar no litoral próximo de Fukushima ainda deve persistir por muito tempo”.
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