As Ilhas Canárias, situadas perto da costa noroeste da África, mas pertencentes à Espanha, guardam um dos maiores mistérios geológicos da atualidade: uma cratera gigantesca, que parece artificial, mas não foi feita pelas mãos do homem. Sabe-se que a erosão foi criada a partir de uma erupção vulcânica, mas pesquisadores britânicos resolveram apurar maiores detalhes sobre o fenômeno.
O que se observa no local, à primeira vista, é um monstruoso buraco na terra, que de tão grande deu origem a crateras menores. No total, o desmoronamento ocupa uma área de 90 km², e sua profundidade chega a atingir 50 metros. Geólogos da Universidade de Leicester (Inglaterra) investigaram a cratera por um motivo pitoresco: ela continua se movimentando.
Mais exatamente, ela se renova a cada 25 anos, aproximadamente. O que acontece é chamado pelos cientistas de “colapso de flanco”. A lava empurra a parede do vulcão por dentro com tanta força que a terra despende-se e desloca-se por até 17 km (no caso desse vulcão) até cair no mar. Depois disso, a terra se reacomoda lentamente até que a próxima pressão da lava interna repita o processo.
Os geólogos dataram o surgimento da cratera há cerca de 733 mil anos. Atualmente, devido ao fenômeno, o vulcão já está totalmente deformado, mas os cientistas seguem estudando os restos de parede vulcânica que foram depositados no mar. Tais restos estão localizados em profundidades superiores a 4 km, o que torna a pesquisa geológica mais difícil.
Ao longo dos anos, até o formato da ilha (onde se localiza Tenerife, a capital das Canárias) foi alterado ao logo do tempo. Como resultado, houve a formação de alguns acidentes naturais, para o bem e para o mal. Enquanto o fenômeno originou belíssimos lagos, que não passam de crateras antigas cobertas de água, também leva consigo o risco de um violento tsunami à região, algum dia. Os cientistas ainda debatem sobre as chances de isso acontecer.
Fonte: Instituto Consciência Adamantina
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